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Publicado 05.12.2017, 09:10
Atualizado 10.01.2024, 08:22
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O governo ainda não jogou a toalha e insiste na votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados na semana que vem. Até lá, o presidente Michel Temer deve dedicar-se à caça de votos, definindo a estratégia para aprovar a matéria, em dois turnos, antes do fim do ano. Só que a base aliada sequer garante o apoio mínimo e a única certeza é que as novas regras da aposentadoria só serão votadas se houver os 308 votos necessários.

Trata-se do grande dilema dos mercados domésticos nesta reta final de 2017. Afinal, a depender do desfecho, o cenário do país em 2018 pode mudar. Na visão dos investidores, se a reforma não passar neste ano, a crise volta e o país pode ser atingido por uma tempestade perfeita, com menos crescimento econômico, inflação reaparecendo, câmbio mais depreciado e piora na avaliação de risco. Se for aprovada, os avanços continuam...

Para evitar tal retrocesso, as apostas continuam girando em torno do PSDB. Os tucanos se reúnem em Brasília amanhã para decidir se o partido irá fechar questão em torno da aprovação da reforma da Previdência. A previsão é de que haja apenas uma recomendação firme pela matéria. No sábado, a convenção nacional deve sagrar Geraldo Alckmin presidente da legenda.

Com isso, fica acertado o desembarque do maior aliado do governo, mas sem desfazer a aliança com o PMDB, que visa, inclusive, o jogo eleitoral em 2018. Outros partidos, como o PTB, também vão avaliar fechar questão em relação à Previdência. Mas é o próprio PMDB que precisa dar o exemplo. Essa movimentação pode elucidar, amanhã à noite, se o governo tem os votos necessários para marcar a votação da reforma para os dias 12 ou 13.

Diante das recentes declarações do governo e dos esforços para trabalhar intensamente nas negociações com a base, os investidores mantêm alguma expectativa, ao menos por enquanto, em torno da reforma da Previdência. Mas as incertezas em relação ao prazo apertado e ao apoio dos aliados continuam, com vistas às eleições de 2018. No fim, as discussões se restringem apenas aos votos - tanto agora quanto no ano que vem.

Enquanto o quadro político permanece uma incógnita, os mercados domésticos podem tirar proveito do cenário internacional, onde os investidores passaram a ponderar os efeitos da aprovação da reforma tributária de Trump. Afinal, os cortes de impostos sobre as empresas podem acabar aquecendo ainda mais à economia dos Estados Unidos, demandando uma ação mais rápida do Federal Reserve em relação à alta dos juros, por causa da inflação.

Apesar das incertezas, o plano de Trump caminha e ainda consegue embalar os índices futuros das bolsas de Nova York, que seguem em alta nesta manhã. Por sua vez, o dólar mede forças em relação às moedas de países desenvolvidos - como o euro, o iene e a libra - mas perde terreno para as divisas correlacionadas às commodities, como os dólares australiano e neozelandês. Já o petróleo está estável.

Na Ásia, a sessão foi de perdas em Xangai, Hong Kong e Tóquio, sem grande impacto nos negócios do indicador que mostrou expansão da atividade na China, reforçando os sinais de estabilização da segunda maior economia do mundo. O índice dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços chinês subiu a 51,9 pontos em novembro, de 51,2 pontos em outubro, sendo que o indicador composto, que abrange também a atividade industrial, avançou a 51,6 pontos, de 51,0 pontos no mês anterior.

Aliás, dados de atividade recheiam o calendário econômico desta terça-feira. Além da China, a zona do euro e os Estados Unidos informam seus respectivos índices PMIs do setor de serviços em novembro ao longo da manhã. Também são esperados números sobre as vendas no varejo europeu e sobre a balança comercial norte-americana (11h30).

No Brasil, o destaque é o desempenho da indústria em outubro (9h). A produção industrial deve ter crescido pelo segundo mês consecutivo, em +0,30% em relação a setembro, e registrado o sexto resultado positivo seguido na comparação com igual mês do ano passado, com alta de 5,20%.

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