Ibovespa sobe aos 135 mil pontos com alta de 2,5% do minério, enquanto monitora tarifas
Após recuarem por quase dois meses, os preços do óleo de soja voltaram a subir no Brasil, conforme apontam dados do Cepea. O movimento de alta, segundo pesquisadores do Cepea, está atrelado às expectativas de maior demanda para biodiesel no mercado nacional. E o otimismo na comercialização do óleo de soja no Brasil, por sua vez, está atrelado à recente aprovação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em aumentar a mistura obrigatória do biodiesel ao óleo diesel, que passa dos atuais B14 (14%) para B15 (15%), entre agosto deste ano e fevereiro de 2026. A partir de março de 2026, a mistura pode aumentar para B16 (16%). Pesquisadores do Cepea destacam que o crescimento na mistura do biodiesel ao diesel era esperado para março deste ano e a não efetivação desta mudança no primeiro trimestre foi o principal fator do enfraquecimento nos valores internos do óleo naquele período.
MILHO: Atraso na colheita limita queda de preços
O atraso na colheita da segunda safra de milho vem limitando o movimento de queda nos preços do cereal em algumas praças, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, as cotações seguem pressionadas pela perspectiva de oferta elevada e pelas desvalorizações externas. Em regiões consumidoras, como as paulistas, porém, os valores chegaram a reagir, influenciados pela demanda acima da oferta de milho padronizado – ressalta-se que as recentes chuvas têm limitado a disponibilidade desse tipo de cereal. Até o dia 21 de junho, a colheita da segunda safra somava 10,3% da área nacional, avanço semanal de 6,4 p.p., mas bem abaixo dos 28% no mesmo período do ano passado e dos 17,5% da média dos últimos cinco anos, conforme a Conab.
FEIJÃO: Colheita segue firme e mantém preço do feijão comercial em queda
A colheita de feijão segue firme nas principais regiões produtoras. Segundo pesquisadores do Cepea, o impacto da colheita sobre os valores de comercialização do feijão segue distinto. Enquanto os preços dos grãos de maior qualidade ainda se sustentam em algumas praças, os dos feijões comerciais enfrentam pressão do avanço da oferta e também da baixa liquidez. No Paraná, segundo o Deral/Seab, 96% da área da segunda safra havia sido colhida até o dia 23 de junho. A Secretaria estima a produção paranaense em 526,6 mil toneladas nesta safra, queda de 23% frente à anterior. Vale lembrar, contudo, que o volume colhido na primeira safra foi o dobro da temporada anterior (+102%), alcançando 338,1 mil toneladas – o que ainda sustenta parte da oferta no estado. Em Minas Gerais, 15% da área da segunda safra foi colhida, e o plantio da terceira se aproxima do fim, em meio a relatos de pressão da mosca branca. Já na Bahia e em Goiás, as lavouras seguem em bom desenvolvimento, com a colheita avançando no Leste Goiano e Vale do Araguaia.
MANDIOCA: Preço médio recua 3% em junho
Ainda que parte dos produtores continue priorizando o plantio, muitos buscaram aumentar os volumes comercializados na última semana, mantendo a oferta de mandioca relativamente elevada, conforme apontam levantamentos do Cepea. A demanda industrial, por sua vez, está mais arrefecida, resultando em novas quedas de preços. Entre 23 e 27 de junho, o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 508,20 (R$ 0,8838/grama de amido), recuo de 3,2% em relação à semana anterior. A média mensal, por sua vez, foi de R$ 527,01/t (R$ 0,9165 /grama de amido), 3,9% abaixo da de maio/25, também em termos nominais. No mercado de fécula, em meio à baixa liquidez, os estoques das fecularias e modificadoras aumentaram pela nona semana consecutiva, superando em 44,27% os apurados em igual período do ano passado, ainda conforme o Centro de Pesquisas.