Soja: Preços sobem no encerramento de fevereiro

Publicado 05.03.2025, 09:09

Os preços da soja subiram no Brasil no encerramento de fevereiro, influenciados pelo aquecimento da demanda interna. Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que uma safra abundante esteja sendo colhida na América do Sul, preocupações com a produtividade das lavouras que ainda a serão colhidas, o aumento dos custos logísticos e a sinalização por parte do USDA de uma possível menor área com soja nos Estados Unidos ajudaram a sustentar as cotações domésticas. Quanto aos derivados, levantamento do Cepea mostra que os preços do óleo e do farelo encerraram o mês em direções opostas. De acordo com pesquisadores do Cepea, no caso do óleo, os valores subiram, impulsionados pela forte demanda, tanto para o setor alimentício quanto para a indústria de biocombustíveis. Já para o farelo de soja, houve desvalorização, o que reflete a cautela dos compradores, que aguardam um maior avanço da colheita para negociar novos lotes.

MILHO: Indicador sobe 17% e opera acima dos R$ 87/sc

Os preços do milho seguem registrando altas expressivas na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. No encerramento de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas – SP) já operava na casa dos R$ 87,00/saca de 60 kg. Segundo pesquisadores do Cepea, os aumentos se devem à maior presença de compradores no mercado spot, a dificuldades logísticas e aos baixos estoques domésticos. Neste caso, pesquisadores do Cepea ressaltam que os estoques brasileiros estão baixos, e nem mesmo o avanço da colheita da safra verão tem elevado a disponibilidade interna. De acordo com dados da Conab, o estoque de passagem no final de janeiro de 2025 foi de apenas 2,1 milhões de toneladas, expressivos 70% inferior ao do ano anterior, quando era de 7,2 milhões de toneladas.

MANDIOCA: Valor médio de fevereiro é o menor desde set/24

Pesquisadores do Cepea indicam que a oferta de raiz de mandioca às indústrias seguiu elevada na última semana de fevereiro. A maior disponibilidade de matéria-prima se deve ao interesse do produtor em se capitalizar e/ou liberar áreas. Diante disso, os preços levantados pelo Cepea seguiram em queda. Entre 24 e 28 de fevereiro, a média nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 560,20, baixa de 1,5% frente à da semana anterior. Trata-se, inclusive, da oitava semana consecutiva de retração, o que levou a média mensal ao menor patamar desde setembro do ano passado. Em fevereiro, a média do Cepea foi de R$ 578,97/t (R$ 1,0069/grama de amido), recuo de 12,6% em relação ao mês anterior.

FEIJÃO: Maior demanda por feijão de qualidade eleva preço

A demanda por feijão de maior qualidade está aquecida, segundo apontam pesquisadores do Cepea. Do lado da oferta, por outro lado, colaboradores do Cepea apontam que a disponibilidade de feijão carioca nota 9 ou superior está escassa. Além disso, muitos produtores estão mais afastados do mercado, à espera de melhores oportunidades nas próximas semanas. Assim, esse cenário tem resultado em valorizações do feijão nota 9 ou superior em diversas regiões acompanhadas pelo Cepea. Já os lotes comerciais de feijão, que apresentam incidência de defeitos devido às chuvas de verão, registram desvalorizações. Neste caso, a oferta elevada também reforça a pressão sobre os valores em algumas regiões, mas, em outras, a resistência de parte dos vendedores em negociar a valores menores limita as baixas e/ou sustenta os preços.

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