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Tarde Demais para Investir nas Petrolíferas, com o Barril Alcançando US$100?

Publicado 18.02.2022, 09:46
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Depois de gerar alguns dos melhores retornos do S&P 500 no ano passado, as ações das petrolíferas estão novamente se destacando.

O barril do tipo Brent cruzou a marca de US$95 na semana passada, nível mais alto desde 2014, antes de devolver parte dos ganhos diante da notícia de que o Irã poderia em breve retomar sua oferta de óleo bruto, ao concordar em assinar um pacto nuclear.

A commodity era negociada a US$92,85 por barril na quinta-feira em Londres, um salto de 46,4% ano a ano.

Brent semanal

Da mesma forma, o fundo Vanguard Energy Index Fund ETF Shares (NYSE:VDE), que tem entre suas 10 principais posições a Exxon (NYSE:XOM) (SA:EXXO34) e a Chevron (NYSE:CVX) (SA:CHVX34), acumula alta de 21,7% neste ano, superando por larga margem o desempenho do índice S&P 500, que caiu mais de 8% no mesmo período.

O ETF se valorizou cerca de 48,1% no ano passado e fechou o pregão de quinta-feira cotado a US$94,50.

VDE semanal

O que está impulsionando essa poderosa corrida de alta nas ações das gigantes de energia é a perspectiva extremamente altista do setor, graças a uma combinação de preocupações com a oferta, alta da inflação e tensões geopolíticas.

E tudo indica que o rali nas ações petrolíferas está longe de acabar. De acordo com muitos analistas, é praticamente certo que o Brent vai ultrapassar a barreira dos US$100 por barril, com alguns prevendo ainda que a commodity pode cruzar a marca de US$125.

O JP Morgan vaticinou que o petróleo "provavelmente vai ultrapassar US$125 por barril” devido à pouca capacidade produtiva e à redução dos investimentos em novos recursos. Em nota recente o banco disse o seguinte:

“Esse baixo desempenho ocorre em uma conjuntura crítica e, em nossa visão, diante da hesitação de grandes produtores mundiais, a combinação de subinvestimento pelos países da Opep+ com a alta da demanda pós-pandemia [...] acarretará um possível ponto de crise energética".

Grandes petrolíferas nadam em dinheiro

O resultado dessa mudança surpreendente na perspectiva após a destruição da demanda durante o auge da pandemia de Covid-19 é que as maiores petrolíferas do mundo estão nadando em dinheiro. A Exxon apurou um lucro de US$23 bilhões no ano passado, nível mais alto desde 2014. A Chevron também registrou seu ano mais lucrativo desde 2014, gerando uma receita líquida de US$15,6 bilhões em 2021.

Os investidores não podem perder de vista que os mercados de commodities são extremamente voláteis e têm memória curta. Em 2020, o setor de energia foi o que teve o pior desempenho no S&P 500. Com a pandemia de Covid-19 devastando a demanda energética e jogando os preços para o fundo do poço, o mercado caiu 37%.

Uma notável diferença no atual boom do petróleo é que os produtores norte-americanos não pretendem expandir sua capacidade. Em vez disso, planejam retornar mais caixa aos acionistas na forma de dividendos e recompras de ações.

A Chevron elevou neste mês seu dividendo em 6%, dizendo que pretende recomprar US$5 bilhões em ações neste ano. Já a Exxon, que gerou um fluxo de caixa operacional de US$48 bilhões em 2021, deve elevar seus dividendos no fim deste ano. A gigante petrolífera do Texas disse que pode recomprar até US$10 bilhões em ações nos próximos 12 a 24 meses.

A Argus Research, ao atualizar a recomendação de Exxon para compra, disse em nota recente que os investidores podem contar com um retorno maior de caixa dessa gigante da energia. A nota disse o seguinte:

“Nossa expectativa é que a Exxon se beneficie dos fortes fundamentos do mercado de energia, bem como da melhora do seu balanço, menor dispêndio de capita e maior fluxo de caixa livre. Também vemos a possibilidade de elevações de dividendos, recompras de ação e maior quitação de dívidas neste ano”.

A Exxon fechou na quinta-feira cotada a US$78,23 após disparar 27,8% neste ano. A Chevron fechou a US$133,61 e sobe 13,8%. Ao reiterar compra na Exxon, o Goldman Sachs (NYSE:GS) disse que gosta dessa grande petrolífera americana mais do que a CVX.

“Continuamos vendo mais potencial de alta para a XOM do que para a CVX, do ponto de vista do valuation. Vemos valor nos negócios de Guiana, GNL global e químicos, e consideramos que a atual transição de governança corporativa está subavaliada nos preços atuais”.

Conclusão

As ações de energia, como XOM e CVX, estão em posição confortável para retornar mais caixa aos investidores após cortar seus gastos e prometer manter a disciplina fiscal, mesmo com os preços do petróleo continuando em alta.

Se a combinação de preços mais altos do petróleo e oferta limitada perdurar, os investidores podem ver mais ganhos nas ações dessas gigantes.

 

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Ou seja , o brasileiro que tem o combustível atrelado ao dolar se prepare para pagar 10 reais no litro da gasolina. A crise no Brasil pelo visto ainda nem começou.
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