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Taxa de juros, inflação e a Petrobras: o que muda no cenário econômico

Publicado 16.08.2023, 17:51
Atualizado 09.07.2023, 07:32

No início do mês o Comitê de Política Monetária do Banco Central tomou a decisão de reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual, passando de 13,75% para 13,25%. De acordo com a Ata do Copom, essa medida foi adotada em virtude da melhora do quadro inflacionário, que reflete, em parte, os impactos defasados da política monetária, combinados com a queda das expectativas de inflação para prazos mais longos.

Na sequência, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,12% em julho. Entre os fatores que contribuíram para esse resultado, destacou-se o impacto mais expressivo no grupo de transportes, impulsionado pelo aumento nos preços da gasolina, que registrou uma elevação de 4,75%. A gasolina foi o item de maior contribuição individual para o índice do mês. Além disso, as passagens aéreas tiveram um aumento de 4,97%, e o preço dos automóveis novos também subiu, com uma alta de 1,65%, influenciado pelo programa de incentivo à compra de carros do governo.

Gráfico, Histograma

Descrição gerada automaticamente

O cenário prospectivo da inflação no país parecia caminhar muito bem, que de forma qualitativa, notava-se, por exemplo, o índice de difusão, que caiu de 50% em junho para 46% em julho, indicando que a inflação está mais concentrada em alguns itens da cesta de inflação. Além da desaceleração da inflação de serviços, que passou de 0,62% no mês anterior para 0,25% em julho. Com isso, a inflação acumulada de serviços diminuiu de 6,22% para 5,64%.

Aumento de preço dos combustíveis pela Petrobrás muda o cenário para a inflação

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Os recentes anúncios da Petrobras (BVMF:PETR4) sobre o aumento dos preços dos combustíveis mudaram o cenário benigno para a inflação. Sem dúvida, esses efeitos se farão sentir tanto no IPCA de agosto quanto de setembro. Enquanto as estimativas iniciais para a inflação de agosto eram modestas, situando-se em 0,12%, as previsões foram revisadas para cima, agora apontando para um aumento de 0,20%. As projeções para setembro são ainda mais marcantes, com expectativas de uma elevação de 0,50%.

Olhando para o panorama mais amplo, as previsões indicam que o índice de inflação acumulada em 12 meses, ao final do ano, deverá se aproximar dos 5,00%. Dessa forma, essa trajetória ascendente da inflação durante o ano não parece suficiente para sustentar, de maneira substancial, a argumentação favorável a um corte de juros mais expressivo na taxa Selic. Embora possam ser identificados sinais positivos em indicadores de difusão e núcleo, as perspectivas de um aumento contínuo da inflação limitam o espaço para medidas mais agressivas de flexibilização monetária. Isso ocorre apesar do corte de 0,50 ponto percentual observado na última reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM).

Gráfico, Gráfico de linhas

Descrição gerada automaticamente

Neste contexto, torna-se crucial levar em consideração dois fatores de risco que exercerão influência sobre o cenário econômico. Em primeiro lugar, a desvalorização imediata da moeda, que tem o potencial de pressionar os índices de inflação na esfera produtiva. Em segundo lugar, é essencial ter em mente o efeito defasado do aumento nos preços dos combustíveis, cujos reflexos se manifestarão a partir do último trimestre do ano. Isso trará desafios substanciais para a dinâmica inflacionária no início de 2024, época em que também é esperado um aumento das pressões nos preços dos alimentos.

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Nesse imbróglio, o cenário continua apontando para uma taxa Selic de 11,75% no término de 2023. Essa perspectiva se justifica, em parte, pelo enfraquecimento da inflação no setor de serviços. Contudo, as análises apontam para um contexto econômico complexo e desafiador, no qual os elementos de risco mencionados anteriormente podem desempenhar um papel importante na definição da trajetória da política monetária e da inflação nos próximos trimestres.

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Artigo enriquecedor, obg por compartilhar Fernanda Mansano👏
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