O líder britânico Boris Johnson perdeu a segunda tentativa de realizar eleições antecipadas no Reino Unido, de modo a tentar avançar com o processo do Brexit.
Esta é largada do dia, que influencia a abertura dos mercados, na ausência de notícias ou indicadores mais relevantes, numa semana de agenda limitada.
Boris Johnson tem demonstrando mais dificuldade do que Theresa May na condução do processo de saída do Reino Unido da União Europeia e sequer começou seu mandato, já perdeu apoios importantes, como do seu próprio irmão.
O processo em si já surtiu alguns efeitos econômicos, porém a maioria foi focada no Reino Unido e no comércio com o bloco europeu, todavia, a maior questão em aberto continua a ser a fronteira entre as duas Irlandas, tanto alfandegárias, quanto humanas, algo que tem atrasado bastante a conclusão do Brexit.
Sem indicadores mais relevantes, o problema é aquilo que citamos constantemente, agenda vazia é oficina de volatilidade para os ativos.
Ontem, as atenções se voltaram aos resultados do setor externo chinês e mais uma série de indicadores de atividade, aumentando a expectativa de novos estímulos por parte de Pequim, completado pelo PPI em deflação anual, sinal de enfraquecimento dos produtores e de exportação do fraco crescimento em nível global.
A guerra comercial continua no impasse, sem sinais claros de avanço ou retrocesso, somente a promessa de conversas em breve, o que convence somente aquele grupo de investidores que quer a continuidade das bolsas de valores em alta.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse que existe um "acordo conceitual" sobre o roubo de propriedade intelectual com a China, sendo esta a questão mais controversa entre os dois países.
Empresas como Huawei seriam diretamente afetadas numa admissão por parte de Pequim de que o roubo efetivamente ocorre ou ocorreu. A empresa retirou o processo que movia contra o governo americano após a devolução de equipamento apreendido há dois anos.
Ainda assim, o governo dos EUA não divulgou nenhuma conclusão maior sobre se o equipamento continha ou não material sensível à causa, como cópia de tecnologia ou chips espiões, como já encontrados em outros equipamentos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com cautela com o Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com resultados ruins dos preços ao atacado na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao min. de ferro.
O petróleo abre em alta, com sinais de corte pela OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,75%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0975 / 0,86 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,018%
Dólar / Yen : ¥ 107,37 / -0,065%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,194%
Dólar Fut. (1 m) : 4103,61 / 0,56 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,20 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,34 % aa (-0,56%)
DI - Janeiro 23: 6,42 % aa (-0,47%)
DI - Janeiro 25: 6,98 % aa (-0,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,2382% / 103.181 pontos
Dow Jones: 0,1420% / 26.836 pontos
Nasdaq: -0,1930% / 8.087 pontos
Nikkei: 0,35% / 21.392 pontos
Hang Seng: 0,01% / 26.684 pontos
ASX 200: -0,51% / 6.614 pontos
ABERTURA
DAX: -0,090% / 12213,80 pontos
CAC 40: -0,400% / 5566,63 pontos
FTSE: -0,117% / 7224,69 pontos
Ibov. Fut.: 0,19% / 103655,00 pontos
S&P Fut.: -0,154% / 2973,60 pontos
Nasdaq Fut.: -0,239% / 7814,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 78,65 ptos
Petróleo WTI: 0,33% / $58,17
Petróleo Brent:0,24% / $62,88
Ouro: -0,26% / $1.494,17
Minério de Ferro: 2,00% / $91,23
Soja: 0,34% / $14,83
Milho: 0,95% / $344,00
Café: 1,23% / $95,00
Açúcar: -0,54% / $10,98