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Trigo: Estimativas apontaram produções recordes em novembro

Publicado 19.12.2022, 16:25
ZW
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Em novembro, estimativas apontaram produções recordes de trigo no Brasil e no mundo. Por outro lado, em termos globais, o volume ainda ficará abaixo da demanda, pressionando os estoques pelo terceiro ano consecutivo. Segundo dados do USDA, a produção mundial está estimada em 782,67 milhões de toneladas, um novo recorde, 0,1% superior aos dados indicados em outubro/22 e 0,4% acima dos da temporada passada. Os ajustes positivos no mês foram relacionados principalmente ao aumento da produção na Austrália, no Cazaquistão e no Reino Unido. A estimativa de consumo mundial subiu leve 0,1% no comparativo mensal, indo para 791,16 milhões de toneladas, 0,3% menor que na safra 2021/22. Os estoques de passagem foram previstos em 267,8 milhões de toneladas, alta de 0,1% no mês, mas os menores desde 2016/17.

Para o Brasil, a Conab elevou a projeção desta safra, que deverá atingir 9,5 milhões de toneladas, um recorde, com forte alta de 23,7% em comparação à temporada 2021/22. Isso foi possível com maiores projeções de produtividade e de área destinada ao cereal. A produtividade deve ser de 3,11 toneladas/hectare, 11,1% maior que na temporada anterior. A área destinada ao cereal foi estimada 3,05 milhões de hectares, elevação de 11,4% sobre a safra passada. A estimativa de importação da Conab foi mantida em 6,1 milhões de toneladas no acumulado de agosto/22 a julho/23, 0,3% superior ao da temporada passada. Com a elevação da produção nacional e a estabilidade nas importações, a disponibilidade interna avançou para 16,32 milhões de toneladas. O consumo doméstico está previsto em 12,28 milhões de toneladas, e as exportações devem ser de 2,7 milhões de toneladas (entre agosto/22 e julho/23). Assim, o estoque final foi reajustado positivamente para 1,33 milhão de toneladas em julho/23.

MERCADO INTERNO – A colheita de trigo já ultrapassou 85% da área destinada ao cereal, com destaque para o Paraná, um dos principais estados produtores, e onde os trabalhos de campo estão na reta final. O avanço da colheita de trigo no Rio Grande do Sul resultou em queda de preços. No geral, a liquidez está maior no estado, que vem ofertando trigo de melhor qualidade nesta temporada. Colaboradores do Cepea também informaram que está chegando cereal do Paraguai no Paraná. O preço médio do trigo no mercado disponível no Rio Grande do Sul foi de R$ 1.611,10/t, queda de 5,9% frente ao de outubro/22; porém, 7,6% maior em relação a novembro/21. Em Santa Catarina, a média foi de R$ 1.767,09/t, redução de 1,9% frente à de outubro/22, mas 14,8% superior na comparação com novembro/21. Já no Paraná, a média em novembro foi de R$ 1.832,03/tonelada, alta de 2,8% no mês e elevação de 13,8% em um ano. Em São Paulo, a média mensal foi de R$ 1.880,05/t, com avanços de 1,6% em relação a outubro e de 10,4% em um ano. Em relação aos farelos, continuaram se desvalorizando de outubro para novembro, 3,7% no caso do a granel e 2,7% no do ensacado, influenciados pela baixa demanda.

BALANÇA COMERCIAL – De acordo com dados preliminares da Secex, nos 20 dias úteis de novembro, as importações somaram 316,2 mil toneladas, contra 381,0 mil toneladas em novembro/21. Em relação ao preço de importação, a média de novembro/22 foi de US$ 382,1/t FOB origem, 35,2% acima da registrada no mesmo mês de 2021 (de US$ 282,5/t).

INTERNACIONAL – O acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro foi renovado entre Rússia e Ucrânia para os próximos 120 dias. Assim, apesar da guerra na região, a Ucrânia continuará a escoar internacionalmente o trigo e outros produtos agrícolas. Esse cenário pressionou os valores externos do cereal. Ressalta-se, contudo, que, na Argentina, maior fornecedora de trigo ao Brasil, a Bolsa de Rosário reduziu novamente a estimativa de produção da temporada 2022/23 daquele país, para 11,8 milhões de toneladas. A produtividade deve ser a menor em 15 anos. Esse cenário preocupa moinhos brasileiros. No mercado externo, as baixas do primeiro vencimento nas Bolsas de Chicago e de Kansas foram de 6,6% e 2,5%, respectivamente, em comparação a outubro/22, com médias de US$ 8,1210/bushel (US$ 298,39/t) para o Soft Red Winter na CBOT e de US$ 9,3831/bushel (US$ 344,77/t) para o Hard Winter em Kansas.

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