Do Gabão à Dinamarca em uma sessão.
O otimismo observado ontem na sessão de mercado financeiro global mostra o quanto os investidores ainda estão conectados ao modo superbull (comprados em bolsa) e dependentes de qualquer sinal positivo para retomar um panorama positivo.
Ainda que tão frágeis quanto às pretensas correções dos ativos, tudo continua a se relacionar à guerra comercial e seus correlatos.
Ontem o cenário foi positivo pelo suposto fim dos protestos em Hong Kong e hoje pelo sinal de novas conversações entre China e EUA relatado pelos chineses.
Todavia, a garantia é zero de um ritmo positivo para o apetite de prêmio de maior positivo, pois tudo muda, como já citamos aqui, na velocidade de um tweet.
Localmente, os avanços tanto da reforma da previdência, quanto da reforma tributária são o alento necessário do contexto global de aversão aos mercados emergentes, devido à situação política argentina.
O texto da previdência rodando dentro do prazo, com a PEC paralela que trata de uma economia adicional de quase R$ 400 bi em 10 anos demonstra que ao menos o congresso está ‘comprado’ na ideia das reformas, em via ao fraco desempenho da economia.
O problema são as fissuras surgindo entre parte do governo, incluso o presidente Bolsonaro e a equipe econômica, apoiada por Rodrigo Maia. Ao citar uma possível flexibilização do teto dos gastos, Bolsonaro remonta ao que teve de pior no Brasil nos últimos 10 anos.
Este ‘jeitinho’, flexibilização de gastos onde não existem os recursos pode ferir em muito a confiança dos investidores, tendentes a pedir maiores prêmios nas curvas de juros, encarecendo as linhas de crédito.
A infeliz resposta do BC pode ser a retomada do aperto monetário, completando o cenário de desalento econômico ao ponto de retornarmos a uma recessão. Que o presidente tenha consciência disso.
Atenção hoje ao ADP Employment, custos de mão de obra e produtividade nos EUA e carta da Anfavea no Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a melhora do cenário da guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com a retirada forma da lei de extradição de Hong Kong, aliviando os protestos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre e ao minério de ferro.
O petróleo abre sem rumo, com alta nos estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,27%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1311 / -1,82 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,415%
Dólar / Yen : ¥ 106,52 / 0,728%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,090%
Dólar Fut. (1 m) : 4146,95 / -1,88 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,58 % aa (-1,45%)
DI - Janeiro 23: 6,66 % aa (-1,52%)
DI - Janeiro 25: 7,14 % aa (-1,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,5250% / 97.276 pontos
Dow Jones: 0,9091% / 25.778 pontos
Nasdaq: 1,3045% / 7.827 pontos
Nikkei: 2,12% / 20.479 pontos
Hang Seng: -0,03% / 25.615 pontos
ASX 200: 0,92% / 6.501 pontos
ABERTURA
DAX: 3,412% / 12130,27 pontos
CAC 40: 3,635% / 5582,93 pontos
FTSE: 2,530% / 7268,96 pontos
Ibov. Fut.: 1,49% / 101704,00 pontos
S&P Fut.: 3,434% / 2963,80 pontos
Nasdaq Fut.: 3,335% / 7815,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,0297% / 78,47 ptos
Petróleo WTI: 2,48% / $56,13
Petróleo Brent:1,54% / $59,94
Ouro: -0,06% / $1.541,86
Minério de Ferro: 2,26% / $91,57
Soja: 0,53% / $15,05
Milho: 0,14% / $348,25
Café: -0,37% / $93,40
Açúcar: -0,36% / $11,05