Mérida (México), 6 nov (EFE).- A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) criticou neste sábado a falta de resultados oficiais nas investigações sobre assassinatos e desaparecimentos de jornalistas no México, onde este ano 11 profissionais da imprensa já morreram.
Durante a 66ª Assembleia Geral da SIP, realizada até 9 de novembro na cidade mexicana de Mérida, a representante da organização María Idalia Gómez afirmou que há uma grande desconfiança em relação ao trabalho de investigação das autoridades mexicanas.
Segundo ela, desde 1987 "nenhum caso" foi resolvido entre os quase cem assassinatos ou desaparecimentos de jornalistas ocorridos no México.
Ela ressaltou que no país não se pode exercer "um jornalismo livre e confiável" e que em muitas redações, sobretudo no norte do país, se vive uma situação de ansiedade insuportável.
"É preciso manter o otimismo, mas a desesperança está crescendo" diante da falta de compromissos, disse.
Além disso, ela criticou a atitude do Congresso mexicano por não atuar contra as agressões a repórteres.
A SIP calcula que desde 2000 65 jornalistas tenham sido assassinados no país pelo crime organizado. EFE