WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos pagará 14,5 bilhões de dólares aos agricultores do país como parte de um novo pacote de 16 bilhões de dólares em auxílio, elaborado para compensar os danos financeiros causados por disputas comerciais com a China e outras nações, com os pagamentos sendo baseados por condados, e não por commodities.
Os produtores receberão o primeiro pagamento direto em julho ou agosto, com as liberações de recursos subsequentes previstas para o final do outono no Hemisfério Norte e para o início de 2020, dependendo do progresso das negociação comerciais, afirmou em teleconferência o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês).
"Será uma taxa única para cada condado. Ela irá variar de condado para condado", disse o economista-chefe do USDA, Robert Johansson, na conferência.
O presidente norte-americano, Donald Trump, solicitou neste mês que o USDA elaborasse um novo pacote de auxílio, uma vez que a disputa comercial entre os EUA e a China se intensificou, com ambos os lados elevando as taxas sobre os produtos um do outro.
Os agricultores dos EUA, importante eleitorado que ajudou a levar Trump à sua surpreendente eleição em 2016, estão entre os mais afetados pela guerra comercial com a China, antes destino de mais de 60% das exportações norte-americanas de soja.
A persistente disputa deixou os agricultores dos EUA com volumes recordes de soja estocados, pois prejudicou as aquisições da oleaginosa pelos chineses. Há poucas perspectivas de uma resolução imediata para a questão comercial.
Produtores da região central dos EUA, que estão no processo de plantio de milho e soja, vem enfrentando dificultadades também pelas chuvas intensas.
(Reportagem de Humeyra Pamuk)