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Economia europeia acelera recuperação no 2º trimestre de 2010

Publicado 02.09.2010, 09:36
Atualizado 02.09.2010, 10:49

Bruxelas, 2 set (EFE).- A economia europeia acelerou sua recuperação no segundo trimestre de 2010, impulsionada pelo forte crescimento registrado na Alemanha nesse período, que registrou o maior aumento do Produto Interno Bruto (PIB) desde a reunificação do país, em 1990.

Dados publicados nesta quinta-feira pelo escritório de estatística comunitária confirmam uma recuperação, liderada por potências como a Alemanha, que registrou alta do PIB de 2,2%; bem acima de 0,2% vivido na Espanha e Portugal, e do retrocesso de 1,5% registrado na Grécia, única economia europeia que segue em recessão.

Concretamente, o PIB subiu 1% tanto na zona do euro quanto no conjunto da UE, segundo a primeira revisão dos dados de PIB do segundo trimestre, que confirma os números divulgados pelo escritório de estatística em 13 de agosto.

Trata-se do quarto trimestre consecutivo em que a economia europeia se expande e agora o fez em um ritmo consideravelmente superior ao registrado nos dois trimestres, de 0,3% e de 0,2%, confirmando a consolidação da recuperação no Velho Continente.

Além disso, a segunda estimativa publicada hoje pelo Eurostat modifica levemente para cima a evolução anualizada do PIB europeu, que nos últimos 12 meses aumentou 1,9% tanto na zona do euro quanto no conjunto da UE, que foi fixado anteriormente em 1,7%.

As evoluções anualizadas do trimestre anterior também foram modificadas nas duas zonas para 0,8% e 0,7%, acima de 0,6% e 0,5%.

Desta maneira, a economia europeia se comportou melhor de que seus principais concorrentes, os Estados Unidos e o Japão, que no segundo trimestre cresceram abaixo do esperado.

A economia americana expandiu 0,4% (com relação ao percentual de 0,9% registrado de janeiro a março de 2010) e a japonesa 0,1% (contra 1,1% do trimestre precedente), embora em termos anualizados os Estados Unidos continuem em vantagem sobre a Europa, por terem registrado elevação do PIB de 3% no segundo trimestre.

Para o melhor desempenho da situação econômica europeia contribuiu o comportamento das exportações, que progrediram 4,4% na zona do euro e 4% no conjunto da UE (com relação a 2,4% e 2% vividos nos três meses anteriores).

As importações aumentaram 4,4% na zona do euro e 4% nos 27 (após registrar respectivas altas de 4% e de 3,6%, no trimestre anterior); enquanto os investimentos aumentaram 1,8% e 1,7%, respectivamente, após recuos de 0,4% e de 0,6% nos três meses anteriores.

Além disso, as famílias melhoraram ligeiramente seu comportamento no segundo trimestre do ano, cujo consumo final aumentou 0,5% tanto na zona do euro quanto no conjunto da UE, após incrementos de 0,2% e de 0,1%, respectivamente, no trimestre precedente.

Além da Alemanha, as grandes economias da região contribuíram para os bons números, com crescimentos trimestrais do PIB de 1,2% no Reino Unido (Eurostat modificou 0,01% para cima), de 0,9% na Holanda, de 0,6% na França e de 0,4% na Itália.

Outros países como Espanha e Portugal apresentaram crescimentos mais anêmicos, de 0,2%; Letônia, de 0,1%. Hungria teve crescimento nulo.

No negativo só ficou a Grécia, onde a recessão se agravou, como demonstra a queda trimestral do PIB de 1,5% devido ao corte do gasto público iniciado para evitar a quebra do país e à queda na demanda. EFE

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