(Reuters) - A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu em reunião nesta terça-feira dar um prazo até o final de agosto para que a Bolognesi Energia prove a viabilidade de duas termelétricas que o grupo se comprometeu a construir, que somariam 2,5 gigawatts em capacidade e cerca de 6 bilhões de reais em investimentos.
As usinas precisariam entrar em operação até 2019, mas a empresa conseguiu renegociar a entrega com os compradores da energia das unidades para o início em 2021, o que levou a um pedido de extensão do cronograma.
A Aneel aceitou o pleito, mas deu um ultimato para que a Bolognesi avance com o projeto. A empresa terá que provar ao regulador até 31 de agosto que fechou uma equação financeira que viabilize as usinas, bem como demonstrar a obtenção de licenças ambientais e contratos de fornecimento, incluindo de gás natural.
As usinas terão ainda um acompanhamento mensal pela agência, e qualquer descumprimento levará a um processo para a revogação da autorização para construção das térmicas.
Durante a análise do caso, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, destacou que acredita que as termelétricas representarão "um grande desafio, principalmente (se elas continuarem com) o atual detentor da outorga".
Ele ressaltou, no entanto, que mesmo uma eventual venda dos ativos pela Bolognesi não mudará o cronograma agora imposto às duas usinas.
"Essa energia é fundamental para atender à demanda. Temos que ser capazes de retirar o agente desse processo se ele não demonstrar que será capaz de entregar", apontou Rufino.
(Por Luciano Costa, em São Paulo)