A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) determinou na 5ª feira (30.nov.2023) que as distribuidoras de energia adotem medidas para o enfrentamento de eventos climáticos severos, como as fortes chuvas que atingiram o país recentemente e deixaram milhares de casas sem luz.
O protocolo foi discutido em reunião na sede da agência em Brasília com representantes de distribuidoras de grande porte do país, realizada na 5ª feira (30.nov).
Em comunicado, a Aneel destacou como medida inicial “o aprimoramento das ferramentas de detecção de eventos climáticos extremos a partir do cruzamento das bases de dados com alertas meteorológicos”. As companhias deverão usar seus sistemas de previsão e alerta emitidos pelas Defesas Civis e por institutos de meteorologia para “definir o nível de severidade dos eventos climáticos previstos”.
O 2º passo para mitigar os efeitos de eventos climáticos severos exigido pela agência reguladora foi a criação de um canal de comunicação direta entre municípios, Estados e Defesas Civis. As empresas deverão informar as regiões que tiveram o serviço de energia elétrica interrompido e a previsão de restabelecimento.
“Os planos devem definir o nível de severidade dos eventos, graus de atuação e de mobilização de equipes, remanejamento de equipes que usualmente executam outras atividades, ampliação dos canais de comunicação com entes públicos e consumidores, articulação e coordenação de ações com entes públicos, atualização do cadastro das cargas prioritárias a serem reestabelecidas, dentre outros”, definiu.
Na reunião, também ficou estabelecida a criação de uma agenda de médio prazo para mitigar os efeitos das chuvas no fornecimento de energia. A agenda inclui:
- maior precisão na detecção de eventos climáticos de elevada severidade;
- aperfeiçoamento dos planos de prevenção e redução de danos;
- plano de ação de recomposição do serviço, com a comunicação dos consumidores, da Aneel e entes públicos no caso de corte do fornecimento.