Por Ed Stoddard
CIDADE DO CABO (Reuters) - Angola não espera mais cortes de produção pela Opep em 2018 e o segundo maior exportador de petróleo da África pretende se juntar aos produtores mundiais de ouro no próximo ano, uma vez que se esforça para diversificar uma economia há muito tempo baseada no óleo e em diamantes, disse o ministro de Petróleo e Minérios do país nesta terça-feira.
A nação africana, onde a riqueza do petróleo não se traduziu em ampla prosperidade, tem uma reputação abalada, mas o presidente João Lourenço, que assumiu o poder em setembro, está buscando ganhar credibilidade com investidores internacionais.
Em entrevista à Reuters na conferência anual de mineração da África, realizada na Cidade do Cabo, o ministro Diamantino Azevedo afirmou que o país do sudoeste africano quer ampliar seu mix de commodities.
"Estamos apenas produzindo diamantes e coisas como mármore e granito no momento. Estamos esperando começar a produção de ouro em breve, esperamos ter duas ou três minas de ouro operando no próximo ano, mas em pequena escala", disse ele.
Falando após apresentações sobre oportunidades de mineração em Angola, Azevedo disse que havia dez projetos de exploração no país focados em ouro envolvendo empresas pequenas de mineração. Ele não detalhou quais são essas companhias.
"Queremos promover o setor de mineração além dos diamantes... Tivemos boas reuniões aqui com as principais empresas de mineração", disse Azevedo.