Investing.com - Futuros de Wall Street apontavam para uma abertura desigual nesta quarta-feira, tomando fôlego após perdas em meio a preocupações com a capacidade de Donald Trump de levar adiante suas políticas fiscais prometidas.
O blue chip futuros do Dow caía 30 pontos, ou 0,15%, às 6h57 em horário local (7h57 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 ganhavam menos de um ponto, ou 0,01%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 avançava 1 ponto, ou 0,01%.
O S&P 500 finalmente fechou em baixa de mais de 1%, algo que os analistas comentavam não ter ocorrido desde outubro do ano passado, no que marcou também o quarto pregão consecutivo de perdas.
Se a referência global fechar em baixa pela quinta sessão na quarta-feira, seria a mais longa série de quedas desde que o índice fechou em baixa por 9 pregões consecutivos em outubro e novembro de 2016.
Os nervos dos investidores estão no limite antes da votação no Congresso na quinta-feira para revogar e substituir o Obamacare com preocupações de que a oposição de 26 representantes republicanos possa inviabilizar o projeto de lei de serviço de saúde.
Com Trump prometendo lidar com os serviços de saúde antes de passar para outras questões como reforma tributária e gastos, agentes do mercado ficaram preocupados que o projeto de lei de assistência médica mostre, na pior das hipóteses, que as promessas de campanha podem não ser tão rápidas para serem cumpridas e esperam que, ao menos, a implementação de políticas fiscais prometidas continue a atrasar.
Acoes norte-americanas não foram as únicas vítimas dos receios dos investidores pois o dólar atingiu a mínima de quatro meses frente ao iene com dúvidas da habilidade de Trump de levar adiante sua agenda favorável ao crescimento econômico.
Às 6h58 em horário local (7h58 em horário de Brasília), o par USD/JPY caía 0,38% para 111,29, flutuando pela mínima diária de 111,15, o nível mais baixo desde 23 de novembro.
Em dia com poucos dados, a Associação Nacional dos Corretores dos EUA deve divulgar dados sobre vendas de imóveis usados às11h em horário de Brasília.
Em termos de resultados, ações da Nike (NYSE:NKE) caíram mais de 4% nas negociações antes do pregão pois a marca de esportes perdeu receita devido à pressão dos concorrentes.
A FedEx (NYSE:FDX) também está no foco pois a empresa de entregas mundiais perdeu lucro, mas forneceu um panorama positivo nas margens.
Enquanto isso, preços do petróleo caíam nesta quarta-feira após um relatório do American Petroleum Institute, grupo do setor petrolífero, na terça-feira mostrar que os estoques de petróleo nos EUA tiveram alta de 4,5 milhões de barris na semana passada.
Os dados oficiais dos estoques dos EUA da Administração de Informação de Energia estão previstos para às 11h30 em horário de Brasília
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 1,43%, atingindo US$ 47,55 às 7h00 em horário local (8h00 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 1,49%, com o barril negociado a US$ 50,20.
Bolsas do mundo seguiam a tendência de queda iniciada em Wall Street na terça-feira.
Ações europeias negociavam em baixa pois agentes do mercado voltavam suas atenções para outro resgate financeiro de um banco italiano. Às 8h02 em horário de Brasília, a referência Euro Stoxx 50 perdia 0,31%, o FTSE 100 de Londres caía 0,81%,o DAX da Alemanha perdia 0,52% e o CAC francês negociava em baixa de 0,46%.
Mais cedo, na Ásia, os mercados registraram suas maiores quedas em duas semanas, com o Japan's Nikkei tendo as maiores perdas, fechando em queda de 2,13%, uma vez que investidores minimizaram dados mostrando que as exportações tiveram a maior alta em dois anos em fevereiro.