Rio de Janeiro, 14 jun (EFE).- O volume de vendas do comércio varejista cresceu 9,2% nos quatro primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2011, segundo os números da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O bom resultado do período foi estimulado pelo desempenho do setor em abril, quando as vendas aumentaram 0,8% em relação a março e 6% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
O crescimento das vendas em abril confirmou a recuperação iniciada em março, quando as vendas saltaram 12,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, após a retração registrada em fevereiro deste ano.
As vendas no varejo nos últimos 12 meses até abril acumularam um crescimento de 7,2% em comparação com o período compreendido entre maio de 2010 e abril de 2011.
Os resultados mostram uma tendência de alta do consumo das famílias, que se transformou no principal motor da economia nos últimos anos graças ao aumento da renda, à diminuição do desemprego e à expansão do crédito.
O aumento de 6,7% das vendas em 2011 ajudou a economia a crescer 2,7% no ano passado apesar da crise internacional reduzir a demanda externa. O setor comercial, no entanto, tinha registrado um crescimento do 10,9% em 2010, antes que a economia começasse a sentir os efeitos da crise.
Segundo o IBGE, dos dez setores comerciais analisados, sete registraram aumento de vendas em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado.
O setor com melhor desempenho foi o de móveis e eletrodomésticos, com um crescimento de vendas de 12,1%, seguido pelos setores de produtos alimentícios e supermercados (3,6%), equipamentos e material para escritório e informática (33,2%), combustíveis e lubrificantes (6,4%) e artigos farmacêuticos e médicos (9,2%).
Segundo o órgão, o forte aumento das vendas de móveis e eletrodomésticos reflete as políticas de redução de impostos que o governo adotou para incentivar os setores mais afetados pela crise.
Entre os setores com redução de vendas destacaram-se o automotivo, com uma queda de 4,4%, os de livros, jornais e revistas (-4,3%) e o de têxteis, confecções e calçados (-1,1%). EFE