NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo dispararam nesta quarta-feira, registrando seu maior ganho diário em mais de dois anos, recuperando algum território após as grandes perdas que levaram as referências para mínimas desde 2017.
Tanto a referência do petróleo dos Estados Unidos quanto a do Brent subiram cerca de 8 por cento, seu maior avanço diário desde 30 de novembro de 2016, quando a Opep assinou um acordo de cortes da produção.
Não está claro se os preços estenderão as altas depois que as negociações ganharem volume com o começo do ano novo.
Os preços do petróleo têm estado ligados a uma ampla fraqueza do mercado, já que a paralisação do governo dos EUA, o aumento das taxas de juro norte-americanas e a disputa comercial entre Washington e Pequim deixaram os investidores nervosos e exacerbaram os receios sobre o crescimento global.
"O mercado ainda está preocupado com a demanda", disse Bernadette Johnson, vice-presidente de inteligência de mercado na DrillingInfo.
A liquidação "não sinaliza força ou confiança na demanda, mas nós ainda fomos muito longe muito rápido. Ainda acreditamos que 45 dólares é muito baixo."
Os futuros do petróleo dos EUA (WTI) ganharam 3,69 dólares, ou 8,7 por cento, a 46,22 dólares o barril. Apesar da alta do dia, a referência recuou quase 40 por cento desde que fechou em uma máxima de 76 dólares em outubro.
Os futuros do petróleo Brent subiram 4 dólares, ou 8 por cento, para 54,47 dólares por barril. No começo do pregão, a referência global tocou 49,93 dólares, sua mínima desde julho de 2017.
(Por David Gaffen; Reportagem adicional por Jane Chung e Naveen Thukral)