SÃO PAULO (Reuters) - A Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) defendeu nesta sexta-feira, em audiência pública realizada no Ministério de Minas e Energia, o aumento gradual da mistura de biodiesel ao diesel fóssil em até 2 pontos percentuais por ano até que se alcance o limite de 15 por cento (B15), estabelecido em lei.
Atualmente, o Brasil mistura 10 por cento de biodiesel ao diesel.
Pela proposta, os reajustes do porcentual seriam feitos de seis em seis meses, nos meses de março e setembro, e permitiriam que a meta do B15 fosse alcançada em 2022, dois anos antes do previsto pela Política Nacional de Biocombustíveis, segundo comunicado da Aprobio.
A associação acrescentou que a adoção do cronograma também permitiria futuramente a adoção de uma mistura 20 por cento, o B20, que ainda não é obrigatório pela legislação.
"Reafirmamos que a previsibilidade é benéfica para todos os elos da cadeia. E a questão semestral permitiria um ajuste mais fino ainda nesse processo", disse Júlio Minelli, diretor superintendente da associação, que apresentou a medida na audiência em Brasília.
"O biodiesel vem sendo competitivo em quase todos os momentos. Mas sempre destacamos que as questões de saúde, agregação de valor, geração de emprego e renda, entre outras, têm que estar presentes nessa análise (do aumento da mistura)", acrescentou Minelli, destacando a competitividade do preço do biocombustível em relação ao diesel fóssil.
(Por Isabel Marchenta)