SYDNEY (Reuters) - A Austrália e a China devem assinar novos acordos bilaterais nas áreas de exportação de carne bovina, energia e segurança durante uma visita de quatro dias do primeiro-ministro chinês Li Keqiang que começou nesta quinta-feira.
Li, o primeiro premiê chinês a visitar a Austrália em 11 anos, foi recebido no parlamento em Canberra pelo primeiro-ministro Malcolm Turnbull em meio a segurança reforçada na capital após um ataque do lado de fora do Parlamento inglês por um suposto militante islâmico na véspera.
A Austrália tenta se aproveitar da decisão da China mais cedo nesta semana de suspender as importações de carne do Brasil, maior exportador de carne bovina e de frango do mundo, devido a um escândalo sobre a venda de carnes impróprias.
A Austrália, no entanto, pode ter uma margem pequena para aumentar suas exportações de carne, uma vez que seu rebanho de gado tem se mantido próximo do menor nível em duas décadas. Criadores abateram gado em números recordes após uma seca induzida por um fenômeno El Niño surpreendentemente forte entre 2014 e 2016.
As exportações agrícolas da Austrália para a China foram impulsionadas pelo abrangente Acordo de Livre Comércio entre os países assinado em 2015, concretizando a posição da China como maior parceira comercial da Austrália.
"A China precisa alimentar sua nação...a Austrália está aproveitando a oportunidade para fornecer alimentos de alta qualidade e segurança", disse Turnbull em um discurso em Canberra.
(Por Colin Packham; reportagem adicional de Ben Blanchard)