Por Trevor Hunnicutt e Lisandra Paraguassu e Matt Spetalnick
LOS ANGELES (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo nesta quinta-feira para que os líderes empresariais norte-americanos ajudem a impulsionar seu plano de parceria econômica ambientalmente sustentável com a América Latina, no primeiro dia completo da cúpula regional, estremecida por tensões criadas por conta da lista de convidados para o evento.
Ao discursar na conferência patrocinada pela Câmara de Comércio dos EUA em Los Angeles, Biden fez uma proposta para aumentar investimentos nas economias dos países ao sul dos Estados Unidos, estimulando a recuperação no pós-pandemia e ajudando a abordar as causas estruturais da imigração para os Estados Unidos.
A cúpula foi concebida como uma oportunidade para reafirmar a liderança dos EUA e contrapor o crescimento da influência econômica da China na região. Mas, a agenda de Biden foi atrapalhada por um boicote parcial de líderes que protestaram contra a exclusão de Cuba, Venezuela e Nicarágua do evento.
Dizendo aos executivos que eles têm um papel importante no futuro da região, Biden afirmou: "O setor privado pode agir com rapidez para mobilizar vastos volumes de capital de investimentos, o que será necessário para destravar um potencial enorme para o crescimento nesse hemisfério".
A participação de Biden na quinta-feira inclui a sessão plenária de abertura da cúpula, muito focada em iniciativas de energia limpa, seguida por uma reunião formal com o presidente Jair Bolsonaro, conhecido por sua postura de ceticismo em relação às mudanças climáticas.
Biden destacou sua proposta, a "Parceria das Américas para a Prosperidade Econômica" à conferência, dizendo que seu objetivo é trazer as cadeias produtivas mais para perto de casa, reformar o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), agilizando investimentos e engrenando ações climáticas na região.
Mas o plano, que parece ser um trabalho em andamento, não apresenta detalhes específicos, não chega a oferecer a desoneração de tarifas e irá se focar inicialmente em países que já possuem acordos comerciais com os EUA.