SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil deverá exportar cerca de 2,6 milhões de toneladas de soja em novembro, o que elevará o total embarcado nos 11 meses do ano para 84,56 milhões de toneladas, novo recorde anual do país, de acordo com dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) nesta terça-feira.
Em 2020, o Brasil exportou 82,3 milhões de toneladas, ficando muito perto de um recorde de 2018, de 82,88 milhões de toneladas, segundo números da Anec.
Até a semana passada, a previsão de exportação de soja do Brasil em novembro era de 1,93 milhão de toneladas, o que elevaria o total no acumulado do ano para 83,8 milhões de toneladas.
As exportações de soja do Brasil avançaram em 2021 com um câmbio favorável para embarques, além de uma oferta volumosa. O país colheu recorde da oleaginosa de cerca de 137 milhões de toneladas, segundo números do governo.
Cerca de 70% dos embarques brasileiros no ano até outubro tiveram como destino a China, seguida por Espanha (4%), Holanda (4%), Tailândia (3%) e Turquia (3%), entre outros destinos de menor importância, segundo a Anec.
No caso do milho, as exportações foram estimadas em 2,65 milhões de toneladas em novembro, segundo dados da Anec nesta terça-feira. Seria a primeira vez, desde janeiro, que o país embarcaria tanto ou mais milho que soja em um mês.
Mas a exportação do cereal, ainda assim, ficará longe das melhores marcas históricas anuais do país, acima de 40 milhões de toneladas, uma vez que a safra foi quebrada por seca e geadas.
A previsão de janeiro a novembro é de embarques de 17,2 milhões de toneladas de milho, cerca de metade em relação aos 33,4 milhões em todo o ano de 2020.
(Por Roberto Samora e Ana Mano)