SÃO PAULO (Reuters) - O leilão do 3º ciclo da oferta permanente realizado nesta quarta-feira terminou com a concessão de 59 blocos exploratórios de petróleo e gás natural a 13 empresas, incluindo Shell (NYSE:SHEL), TotalEnergies e 3R Petroleum (SA:RRRP3).
O certame gerou 422,4 milhões de reais em bônus de assinatura, registrando um ágio nas ofertas de 854,84%, segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
As áreas arrematadas estão localizadas em seis Estados --Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná-- e resultarão em investimentos de 406,3 milhões de reais na primeira fase do contrato (fase de exploração).
Entre as empresas participantes, a Shell Brasil levou seis blocos na Bacia de Santos em consórcio com a colombiana Ecopetrol (CN:ECO) (SA:E1CO34)(70%-30%), enquanto a TotalEnergies (PA:TTEF) arrematou duas áreas na mesma bacia. Já a brasileira 3R Petroleum ficou com seis áreas na Bacia Potiguar.
Em nota, a Shell disse que o leilão desta quarta-feira representou "mais um marco" de seu foco no Brasil, país que é responsável por cerca de 13% de sua produção global de óleo e gás. Com as novas aquisições, a companhia passou a deter mais de 30 contratos de óleo e gás no país.
O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, afirmou que o resultado do certame "superou as melhores expectativas", com recordes de arrecadação, número de blocos arrematados e compromissos de investimentos mínimos nesse tipo de licitação.
Ele ressaltou ainda a ampliação do espaço de pequenos e médios produtores. "Isso é algo estimulado pela ANP, pois essas empresas são aquelas que tradicionalmente adquirem mais bens e serviços locais", afirmou, em nota.
(Por Letícia Fucuchima; edição de Roberto Samora)