Investing.com - Os futuros do petróleo caíram novamente nesta quarta-feira (22/6) após a divulgação de uma redução de 917 mil barris nos estoques dos EUA, contra previsão de queda de 1,671 milhão de barris. O número ficou muito abaixo da retração de 5,2 milhões de barris divulgada ontem pelo API.
Os dados adicionam pressão negativa para o petróleo enquanto sinais de uma produção maior pode se tornar realidade à frente. Apesar de nova queda na extração norte-americana – de 39 mil barris diários para 8,677 milhões de barris/dia – o número de sondas em atividade no país cresceu nas últimas três semanas.
O movimento é visto como uma possível reversão na tendência de queda na oferta norte-americana com o patamar de cerca de US$ 50/b atingido no último mês. Analistas apontam que com essa cotação, alguns produtores podem optar por retomar a produção em áreas desativadas em um curto espaço de tempo.
Os futuros do petróleo são vendidos a US$ 49,12%, enquanto o Brent é negociado a US$ 49,85, ambos com queda de 1,5%.
A Nigéria também poderá retomar parte de sua produção perdida em breve, aumentando a sobreoferta de petróleo. O país conseguiu manter acordo com grupo rebelde que sabotou a infraestrutura de escoamento de petróleo, provocando a parada de campos e cortando a extração do país.
Os investidores também optaram por uma posição mais cautelosa com a falta de previsibilidade sobre referendo de amanhã. Pesquisas apontam para um empate técnico entre o permanecer e o sair da Grã-Bretanha da União Europeia.
Apesar de não ter influência direta no mercado de petróleo, o possível Brexit impõe um clima pessimista com investidores optando por ativos mais seguros e se afastando de maior risco como commodities e ações.
Ainda EUA, os estoques de gasolina e de destilados aumentaram em, respectivamente, 627 mil barris e 151 mil barris, o que reduz a expectativa de maior demanda por produtos refinados.