(Reuters) - Os preços do petróleo Brent devem superar os 100 dólares por barril neste ano, afirmaram analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34), acrescentando que o mercado de petróleo continua em um "déficit surpreendentemente grande" já que o golpe da variante Ômicron do coronavírus na demanda pela commodity é, até agora, menor do que o que era esperado.
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O impacto da Ômicron na demanda provavelmente será compensado pela substituição do petróleo pelo gás, por aumentos nas interrupções de demanda, pela escassez do produto em países da Opep+, e pela produção abaixo do esperado no Brasil e na Noruega, apontaram analistas em uma nota na segunda-feira.
A demanda global por petróleo cresce 3,5 milhões de barris por dia em 2022, no comparativo anual, com a demanda no quarto trimestre atingindo 101,6 milhões de barris diários.
O Goldman espera que os balanços da OCDE caiam para o menor nível desde 2000 até o verão no hemisfério norte, e a capacidade sobressalente da Opep+ deve cair para níveis historicamente baixos, dada a diminuição da perfuração nos principais países da Opep e com as dificuldades da Rússia para aumentar a produção.
"Esperamos uma queda ainda maior na produção dos países da Opep+ para cotas ainda menores em 2022, com um aumento de apenas 2,5 milhões de barris por dia na produção esperada para as próximas nove altas".
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Os preços mais altos vão permitir que a Opep diminua seu caminho mensal de alta para preservar a capacidade sobressalente, com a aceleração no crescimento da produção de xisto oferecendo um tampão necessário nos estoques, acrescentou o Goldman Sachs.
O banco também empurrou suas expectativas de aumento na produção iraniana para o segundo trimestre de 2023, citando o fracasso nos avanços das negociações pelo acordo nuclear com o Irã.
(Reportagem de Swati Verma em Bengaluru)