Por Laila Kearney
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram mais de 2% nesta sexta-feira, com o Brent registrando seu maior declínio semanal em mais de um ano, diante de temores de que o coronavírus se espalhe ainda mais pela China, segunda maior consumidora de petróleo do mundo, e afete as demandas por viagens e pela commodity.
O vírus, que já matou 26 pessoas e infectou mais de 800, desencadeou a suspensão dos serviços de transporte público em dez cidades chinesas. Além disso, casos também foram detectados em diversos outros países da Ásia, na França e nos Estados Unidos.
O petróleo Brent fechou em queda de 1,35 dólar, ou 2,18%, a 60,69 dólares por barril. O valor de referência global recuou 6,4% nesta semana, maior perda semanal desde 21 de dezembro de 2018.
Já o petróleo dos EUA cedeu 1,40 dólar, ou 2,52%, e terminou o dia cotado a 54,19 dólares o barril. O "benchmark" norte-americano perdeu 7,4% na semana, maior retração desde 19 de julho do ano passado.
"Tudo diz respeito ao coronavírus a todo momento, e nós não estamos recebendo sinais de que as coisas estejam melhorando", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group em Chicago.
Autoridades sanitárias temem que as taxas de infecção possam acelerar ainda mais neste fim de semana, durante o Ano Novo Lunar, período em que milhões de chineses viajam.
(Reportagem adicional de Alex Lawler, Roslan Khasawneh e Koustav Samanta)