Investing.com - O petróleo perde força e despenca nos EUA após a ata da reunião do Fed indicar a possibilidade de elevação de juros no país em julho. O possível aperto na política norte-americana valoriza o dólar, o que faz com que os demais ativos, entre eles as commodities, percam força.
Os contratos futuros chegaram durante o pregão à máxima desde outubro de US$ 48,94/b e, após a divulgação da ata, caíram para US$ 47,85/b, queda de 1% frente ao fechamento de ontem. O Brent cede 1,5% e é vendido a US$ 48,60, após se aproximar dos US$ 50/b.
Durante o pregão, a commodity operava em alta depois de a agência de energia dos EUA divulgar que a produção doméstica caiu pela décima semana consecutiva para 8,839 milhões de b/d. A média é 41 mil b/d inferior a da semana anterior e 506 mil b/d na comparação anual.
O movimento de queda na produção norte-americana indica que a política da Opep de elevar a produção para garantir market share está dando certo, após meses de incerteza e de os preços tocarem os US$ 26/b em fevereiro. Produtores como os de shale oil nos EUA possuem custos mais elevados e acabam tendo que interromper a produção com a redução da cotação da commodity.
Os investidores também apostaram na subida do petróleo com o aumento da demanda das refinarias que subiu de 16,029 milhões de b/d para 16,096 milhões de b/d na comparação semanal e com a queda dos estoques de gasolina, que apontam para um consumo maior d derivado.
Apesar da queda da produção e aumento da demanda, os estoques de petróleo aumentaram 1,3 milhão de barris contra expectativa de redução de 2,8 milhões de barris.