NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os preços do café arábica na ICE atingiram novas máximas de quatro anos nesta quinta-feira, impulsionados pelo aperto das ofertas no Brasil e em outros locais, enquanto o açúcar bruto também avançou, diante de uma recuperação nos mercados de commodities e ações após o "sell-off" da véspera.
CAFÉ
* O contrato julho do café arábica atingiu uma máxima de 1,5365 dólar durante a sessão, mais alto nível em quatro anos, antes de fechar cotado a 1,5295 dólar por libra-peso.
* A federação de café da Colômbia pediu ao governo do país uma solução urgente para os problemas locais de transporte. Protestos antigovernos interromperam embarques de café do país, segundo maior exportador de arábica do mundo.
* A consultoria Safras & Mercado reduziu sua estimativa para a produção de café do Brasil, com a safra de arábica sendo vista em queda de 31%.
* Os embarques de café da Guatemala, sexta maior exportadora de arábica do mundo, deverão recuar até 3% nesta temporada, em função de uma escassez de trabalhadores e de chuvas irregulares.
* O café robusta para julho recuou 12 dólares, ou 0,8%, para 1.490 dólares a tonelada.
* Os prêmios para as exportações de robusta do Vietnã --maior produtor global da variedade-- diminuíram nesta semana, em meio a uma escassez de ofertas.
AÇÚCAR
* O contrato julho do açúcar bruto fechou em alta de 0,09 centavo de dólar, ou 0,5%, a 17,04 centavos de dólar por libra-peso.
* Operadores afirmaram durante uma conferência sobre açúcar da ISO Datagro que o mercado está bem suprido e que não deve haver escassez no curto prazo. Eles não descartaram a possibilidade de vendas por especuladores em caso de reversão do ambiente macroeconômico positivo.
* A Índia reduziu nesta quinta-feira os subsídios às exportações de açúcar para a atual temporada em 31,4%, conforme decreto do governo. O ano comercial vai até 30 de setembro.
* A Suedzcuker afirmou que espera um mercado de açúcar mais forte na União Europeia à medida que países saem dos lockdowns impostos por causa da pandemia de coronavírus.
* O açúcar branco para agosto recuou 0,10 dólar, para 453,40 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)