PEQUIM (Reuters) - As importações chinesas de milho e substitutos de milho, incluindo cevada, sorgo e grãos secos destilados (conhecidos como DDGs) atingiram um volume recorde em julho, com fábricas de ração aproveitando os preços internacionais baratos para substituir grãos nacionais mais caros.
As compras agressivas levaram autoridades do governo a restringir a forma como regulam as importações de substitutos de milho, que atualmente estão isentos de cotas limitadoras, o que pode desacelerar as compras do país, que é o maior importador global destes tipos de grãos, disseram analistas.
O ministério de Comércio da China irá exigir que importadores de cevada, mandioca, DDGs e sorgo registrem os detalhes de suas compras dentro um novo sistema que entrará em funcionamento a partir de 1º de setembro.
"A introdução do sistema limitará as importações", disse o analista Zhang Yan, da Shanghai JC Intelligence (JCI).
As importações de DDGs, um subproduto da produção de etanol de milho, subiram 67 por cento na comparação anual, para um recorde de 1,1 milhão de toneladas em julho, mostraram dados da Administração Geral de Aduanas nesta sexta-feira. O recorde anterior havia sido em junho, de 959,9 mil toneladas.
As importações de DDGs pela China são praticamente todas originadas nos Estados Unidos.
As importações de cevada subiram 68 por cento, para 1,28 milhão de toneladas, na mesma comparação.
Já os desembarques de milho em julho subiram quase dez vezes em julho ante um ano antes, para um recorde de 1,11 milhão de toneladas, das quais 938,3 mil toneladas vieram da Ucrânia, por meio de um acordo de troca de grãos por financiamento.
(Por Niu Shuping)