PEQUIM (Reuters) - A China, segundo maior consumidor de milho do mundo, vai deixar o mercado decidir os preços domésticos do cereal e abandonará seu esquema de formação de estoques da commodity, que já existe há nove anos, afirmou uma reportagem em uma rede de televisão local durante o final de semana.
Ao invés de elevar os preços por meio de compras de milho, Pequim vai subsidiar diretamente produtores e parar de estocar o grão a partir do outono deste ano, afirmou a rede de televisão estatal Inner Mongolia Television.
Não houve anúncio oficial sobre a mudança de política. A Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reformas, responsável pela elaboração dessas políticas, não pôde comentar imediatamente.
Ao longo dos últimos meses, uma série de esboços do que seriam planos de reformas agitaram o mercado após os estoques de milho do país atingirem um pico que representa mais de um ano de consumo, levando a expectativas de que Pequim mudaria sua política de armazenagem do grão.
Um representante sênior do governo disse no último mês que a China provavelmente revelaria uma nova política estatal de preços para o milho neste mês, com o objetivo de alinhar os preços domésticos com os dos mercados internacionais e assim desencorajar importações.
A política da China para o mercado doméstico de milho tem sido acompanhada de perto pelo mercado internacional, uma vez que uma liberação dos preços poderia tornar a safra doméstica competitiva e reduzir a necessidade de importações.
A China importou um recorde de mais de 40 milhões de toneladas de milho e substitutos de milho em 2015.
(Por Niu Shuping e David Stanway)