Por Chen Aizhu e Florence Tan
PEQUIM/CINGAPURA (Reuters) - A chinesa Sinopec está cortando pela metade os seus carregamentos de petróleo iraniano neste mês, já que a refinaria estatal está sendo fortemente pressionada por Washington a cooperar com a proibição sobre a commodity do Irã a partir de novembro, disseram pessoas com conhecimento da questão.
As fontes não especificaram os volumes, porém com base no contrato vigente de fornecimento entre a maior refinaria da China e a Companhia Nacional de Petróleo do Irã (NIOC, na sigla em inglês), os carregamentos foram reduzidos para cerca de 130 mil barris por dia (bpd).
Isso seria 20 por cento da média de importações diárias da China vindas do Irã em 2017, o que representa um golpe para Teerã, que contava que o seu maior cliente continuasse as importações, enquanto compradores europeus e outros asiáticos diminuiriam as aquisições para evitar sanções norte-americanas.
O corte marca a maior redução da Sinopec em anos, na medida em que a petroleira listada em Hong Kong e Nova York enfrenta pressão direta da administração dos Estados Unidos, que está determinada a sufocar o fluxo de "petrodólares" para a República Islâmica.
(Por Chen Aizhu e Florence Tan; Reportagem adicional por Osamu Tsukimori e Jonathan Saul)