Cobre cai em meio a temores com crescimento global; PIB chinês em foco

Publicado 12.07.2012, 06:09
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Investing.com – Os contratos futuros de cobre ficaram sob forte pressão de venda durante as negociações europeias da manhã desta quinta-feira, uma vez que os traders evitaram o metal industrial antes da divulgação de dados que devem mostrar uma desaceleração profunda no crescimento econômico chinês.

Os preços do cobre ficaram sob mais pressão depois que a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) decepcionou as expectativas de mais flexibilização monetária para impulsionar o crescimento nos EUA.

Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, os futuros de cobre para entrega em setembro foram negociados a US$ 3,410 por libra-peso durante as negociações europeias da manhã, caindo 1,1%.

Anteriormente, os futuros caíram até 1,3%, para US$ 3,406 por libra-peso, uma baixa da sessão.

Os preços do cobre ficaram sob pressão após a ata da reunião de política monetária de junho do Fed, divulgada ontem, ter revelado que apenas alguns poucos membros da diretoria pensaram que seria necessário comprar mais ativos.

Vários outros membros indicaram que mais ação poderia se justificar se o crescimento diminuir, os riscos se intensificarem ou se a inflação apresentar probabilidade de cair "persistentemente" abaixo de sua meta.

Somente quatro membros do Fed mencionaram mais flexibilização quantitativa em suas previsões individuais, dois dizendo que apoiavam mais flexibilização e dois dizendo que iria considerá-la.

As esperanças reduzidas de flexibilização monetária impulsionaram o dólar norte-americano. O euro caiu para perto de uma baixa de dois anos em relação ao dólar norte-americano, ao passo que o índice do dólar atingiu seu nível mais alto desde agosto de 2010.

Um dólar mais forte reduz a demanda por matérias-primas como um investimento alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.

Enquanto isso, os traders de cobre voltaram a atenção para os números chineses de crescimento do segundo trimestre, que devem ser divulgados na sexta-feira, com o objetivo de avaliar se a China está indo em direção a um pouso leve ou forçado.

Uma desaceleração muito grande na China prejudicaria o crescimento global, que, por sua vez, já está hesitante em virtude da crise da dívida da zona do euro.

A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.

Os temores acerca das perspectivas econômicas mundiais se intensificaram depois que dados divulgados na terça-feira mostraram que as exportações e importações chinesas do mês de junho diminuíram em relação ao mês anterior, uma vez que a fraca demanda global pesou.

Os mercados também permaneceram agitados após boletim mensal do Banco Central Europeu ter reiterado que os riscos de desaceleração se concretizaram e que o crescimento na região permanecerá fraco.

A Europa, como uma região, ocupa a segunda posição na demanda global pelo metal industrial. Os preços acompanharam a confiança dos investidores com relação à crise da dívida da zona do euro nos últimos meses.

Na divisão Comex, o ouro para entrega em agosto caiu 0,6%, para US$ 1.566,05 por onça-troy, ao passo que a prata para entrega em setembro caiu 1,05%, para US$ 26,74 por onça-troy.

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