Juros nos EUA: Fed mantém taxa em 4,25-4,5% em decisão não unânime
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A colheita da soja do Rio Grande do Sul da safra 2024/25 avançou para 24% da área cultivada, informou nesta quinta-feira a empresa de assistência técnica do Estado, a Emater, citando a escassez de chuvas impactando a produtividade das lavouras.
O ritmo dos trabalhos de colheita avançou 13 pontos percentuais em relação à semana passada no Estado, que tem 40% das áreas em maturação, mas 35% dos cultivos em floração e enchimento de grãos, que ainda requerem chuvas.
Nas áreas a oeste, foram registradas perdas que inviabilizam economicamente a colheita após boa parte do Estado sofrer com a falta de precipitações desde o início do ano, disse a Emater.
A empresa citou que desuniformidade da lavoura no Estado pode dificultar a colheita e impactar negativamente a qualidade do produto, além de provocar descontos na comercialização.
"Outro fator que interfere na colheita são os grãos com umidade próxima a 13%; em algumas áreas, os níveis chegam a até 7%, caracterizando extrema secura. Essa condição não apenas reduz os rendimentos, como também aumenta significativamente os danos mecânicos durante o processo de trilha", afirmou.
O Rio Grande do Sul, geralmente o terceiro produtor de soja do Brasil, volta a ter resultados negativos na colheita 2024/25 por conta do clima.
O prognóstico climático para os próximos sete dias, contudo, é mais favorável.
Há indicações da ocorrência de chuvas generalizadas em todo o Estado, com acumulados entre 30 e 100 mm na maior parte do território, segundo a Emater. As exceções são o sul do Estado.
No país, a colheita será recorde pelas boas condições registradas na maior parte das áreas.
MILHO
Já a colheita do milho avançou, atingindo 80%, sendo otimizada pela ausência de chuvas.
Nas áreas remanescentes, a manutenção do potencial produtivo depende da estabilidade climática.
"Porém o déficit pluviométrico acumulado em março ameaça comprometer o rendimento. Há relatos de sintomas de estresse hídrico em parte do Estado", disse a Emater.