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Consumo de energia em julho sobe 3,1% em ritmo pré-pandemia, diz CCEE

Publicado 16.08.2021, 19:08
© Reuters. Linhas de transmissão de energia em Brasília (DF) 
29/08/2018
REUTERS/Ueslei Marcelino

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O consumo de energia elétrica no Brasil em julho subiu 3,1% ante o mesmo mês do ano passado, para 61.494 megawatts médios, em um ritmo semelhante ao período pré-pandemia de covid-19, informou nesta segunda-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

No ano passado, as medidas de prevenção contra à Covid-19 afetaram fortemente a demanda por eletricidade. O consumo em julho deste ano, porém, cresceu também ante o mesmo mês de 2019, em 3,8%, pontuou a organização.

"Estamos em um ritmo de crescimento semelhante ao do período pré-pandemia. A tendência daqui para frente é de aumento gradual em relação a 2020, mas com taxas menores que as registradas no primeiro semestre", disse em nota o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri.

Para a CCEE, o avanço do consumo no Sistema Interligado Nacional (SIN) está atrelado "ao bom desempenho dos principais setores da economia que adquirem eletricidade no mercado livre", ambiente em que grandes indústrias e centros comerciais podem negociar diretamente contratos de suprimento.

Nesse ambiente de contratação, o consumo aumentou 12,1% frente a 2020, considerando as novas cargas que migraram para o segmento nos últimos 12 meses. Se excluirmos da conta as novas unidades, o crescimento seria de 7,1%.

Já o consumo no mercado regulado, que atende pequenos comércios, pequenas e médias empresas e os consumidores residenciais, recuou 1,3% se consideradas as cargas que saíram desse ambiente no último ano --influência da migração para o segmento livre.

© Reuters. Linhas de transmissão de energia em Brasília (DF) 
29/08/2018
REUTERS/Ueslei Marcelino

A CCEE disse ainda que, entre os 15 ramos de atividade econômica avaliados, apenas o setor de bebidas registrou queda no período, de 6,9%.

Os segmentos com as maiores altas, por sua vez, foram saneamento (32,9%), seguido pela indústria têxtil (20,9%), comércio (20,4%), indústria de veículos (16,0%) e a metalurgia e produtos de metal (14,3%).

(Por Marta Nogueira)

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