SÃO PAULO (Reuters) - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN (SA:CSNA3)) está avaliando medidas para reduzir produção de aço no próximo ano diante de um mercado interno em retração e problemas gerados por medidas de proteção comercial nos Estados Unidos e aumento das exportações da China.
O grupo, que também atua em produção de cimento e minério de ferro, também citou problemas com disputas legais com o Ministério Público de Volta Redonda RJ), que indicam aumento de custos para a companhia.
A CSN informou nesta quarta-feira que está estudando antecipar para o início do próximo ano parada para manutenção do alto-forno 2 da usina em Volta Redonda, que representa 30 por cento da capacidade instalada total de produção de aço da companhia no Brasil, de cerca de 5 milhões de toneladas anuais.
Os estudos também incluem um eventual desligamento gradual do forno por tempo indeterminado. Atualmente, a CSN está utilizando 75 por cento de sua capacidade instalada de produção de aço, informou a empresa.
No terceiro trimestre, a usina da CSN em Volta Redonda, que possui dois alto-fornos, produziu cerca de 1 milhão de toneladas de aço, queda de 9 por cento sobre o segundo trimestre deste ano e de cerca de 17 por cento sobre o mesmo período do ano passado.
Os estudos da CSN acontecem enquanto a rival Usiminas (SA:USIM5) prevê parar a produção de aço de usina em Cubatão (SP), citando o cenário de recessão e queda nos preços nos mercados internacionais. A decisão vai implicar na demissão de 4 mil funcionários da Usiminas.
As ações da CSN exibiam queda de 0,45 por cento às 12h21, enquanto o Ibovespa mostrava desvalorização de 0,99 por cento.
(Por Alberto Alerigi Jr.)