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Sarkozy e Merkel propõem "verdadeiro" Governo econômico na zona do euro

Publicado 16.08.2011, 13:50

Paris, 16 ago (EFE).- O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, propuseram nesta terça-feira a instauração de "um verdadeiro Governo econômico" na zona do euro, constituído por um conselho de chefes de Estado e de Governo com reuniões duas vezes ao ano.

Na apresentação das conclusões da reunião desta terça-feira para tratar sobre a reforma da governança da zona do euro, os dois líderes anunciaram seu desejo que o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, assuma a Presidência estável dessa instância.

Sarkozy afirmou durante seu discurso que nesse encontro, que durou duas horas, foi defendido que os países adotem a chamada "regra de ouro", um projeto de lei que prevê ancorar na Constituição a obrigação de estabelecer um teto para a dívida.

O presidente francês ressaltou também que os Ministérios de Finanças dos respectivos países apresentarão em setembro a proposta comum de taxar as transações financeiras, uma medida que Sarkozy disse que para ambos era "prioritária".

"Na situação atual há razões objetivas e depois rumores e especulações. Temos a vontade de combater esse fenômeno de maneira total e completa, assim como devolver o conjunto da zona do euro à senda do crescimento", sustentou também o chefe de Estado francês.

Sarkozy apontou igualmente que as propostas levantadas deste encontro se elevarão na quarta-feira a van Rompuy, em consonância com a demanda deste no Eurogrupo em 21 de julho, no qual pediu aos países-membros a apresentação de planos concretos.

Para Sarkozy, "o crescimento é a chave de tudo" e tanto França como a Alemanha "assumem sua responsabilidade nesta situação complexa e difícil", na qual os dois se comprometem, disse, a "caminhar no mesmo ritmo" para defender o crescimento na eurozona.

"Estamos conscientes que é um processo progressivo e a longo prazo", acrescentou a chanceler alemã, que reiterou a vontade de defender a moeda comum e da "justiça" das opções colocadas. EFE

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