Investing.com - Pela sexta vez consecutiva, a sessão desta quinta-feira foi marcada pela desvalorização dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian. O ativo com o maior volume de negócios, com vencimento em janeiro do ano que vem, caiu 2,65% a 660,50 iuanes por tonelada, o que representa variação de 18 iuanes no dia.
No mesmo sentido, os papéis futuros do vergalhão de aço tiveram também um novo dia de perdas na também chinesa bolsa de mercadorias da cidade de Xangai. O contrato mais líquido, com entrega em outubro deste ano, perdeu 39 iuanes para 3.672 iuanes por tonelada. Já o de janeiro de 2020, segundo mais negociado, cedeu 28 iuanes para 3.477 iuanes por cada tonelada.
As exportações da China voltaram inesperadamente a crescer em julho devido à melhora da demanda global e apesar da pressão comercial dos Estados Unidos, mas a recuperação pode ter vida curta já o governo norte-americano se prepara para adotar mais tarifas sobre produtos chineses.
Analistas dizem que a forte queda do iuan nesta semana pode oferecer apenas ajuda limitada para os exportadores chineses, que deverão enfrentar taxas adicionais dos EUA no próximo mês, encolhendo as margens de lucro e afetando a demanda em todo o mundo.
As exportações da China subiram em julho 3,3% sobre o ano anterior, ritmo mais forte desde março e acima até mesmo da estimativa mais otimista em pesquisa da Reuters, mostraram dados da alfândega nesta quinta-feira. Analistas esperavam queda de 2,0% após o recuo de 1,3% em junho.
Nesta quinta-feira, o banco central da China determinou seu ponto médio oficial do iuan abaixo da marca de 7 por dólar pela primeira vez desde a crise financeira global.