SÃO PAULO (Reuters) - As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 397,1 mil toneladas em outubro, alta de 24,2% ante o mesmo período do ano passado, e devem seguir fortes, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta terça-feira.
A entidade da indústria ainda indicou possíveis novas oportunidades para o Brasil no exterior, em momento em que crescem casos de gripe aviária no Hemisfério Norte.
Os focos da doença resultam em abates de criações e podem gerar embargos à produção dos países atingidos.
"Com média histórica recorde, acima das 400 mil toneladas mensais, o segundo semestre deste ano deve seguir em sólido ritmo de embarques, especialmente em um momento no qual, historicamente regiões do Hemisfério Norte apresentam focos de Influenza Aviária, enfermidade da qual o Brasil é livre", disse o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua, em nota.
Em receita, as vendas de carne de frango para o mercado internacional alcançaram 715,2 milhões de dólares, desempenho 60,1% superior ao alcançado em outubro de 2020.
No acumulado do ano (janeiro a outubro), as exportações de carne de frango alcançaram 3,864 milhões de toneladas, volume 10,45% maior em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a ABPA.
Já o faturamento acumulado nos dez primeiros meses de 2021 com as exportações da proteína somou 6,339 bilhões de dólares, saldo 25,1% maior no comparativo anual.
"Houve crescimento generalizado nos diversos destinos de exportações da carne de frango do Brasil em outubro, mantendo as projeções positivas previstas pela ABPA para o ano de 2021", disse o presidente da associação, Ricardo Santin.
"Ao mesmo tempo, a significativa alta na receita das exportações tem equilibrado os impactos das elevações dos custos de produção acumulados desde o ano passado", acrescentou.
Líder entre os principais importadores de carne de frango do Brasil, a China foi destino de 51,2 mil toneladas em outubro, volume 2,5% superior ao registrado no décimo mês de 2020. Outros destaques foram Japão, com 47,2 mil toneladas (+60,4%), Emirados Árabes Unidos, com 43,6 mil toneladas (+108,1%), África do Sul, com 23,6 mil toneladas (+1,3%), e União Europeia, com 19,7 mil toneladas (+49,6%).
(Por Roberto Samora)