LONDRES (Reuters) - A União Europeia oferecerá mais 10 anos de créditos de emissões livres, somando até 160 bilhões de euros, as indústrias mais poluentes do bloco para ajudar a evitar que elas se mudem para regiões com regras ambientais menos rígidas.
O Sistema de Negociação de Emissões da União Europeia (ETS, na sigla em inglês) é central para a política da UE para enfrentar a mudança climática. A estrutura para um ajuste de pequena escala a partir de 2019 já foi definida, mas sob as propostas anunciadas pela Comissão Europeia nesta quarta-feira o sistema passará por reformas muito mais profundas a partir de 2021.
As companhias cobertas pelo esquema têm de enviar à Comissão, o braço executivo da UE, uma permissão para cada tonelada de carbono que emitirem.
A Comissão concede permissões gratuitas para se proteger contra a recolocação de empresas da UE para lugares com limites de emissão menos estritos, em meio ao forte lobby das indústrias do continente. No mercado aberto, uma permissão de carbono é atualmente negociada a pouco menos de 8 euros.
"No momento não sabemos quais companhias serão cobertas ... é possível imaginar que aço, químicos e alumínio estarão lá (entre as cobertas)", disse o Comissário da UE para clima e energia, Miguel Arias Canete, em coletiva de imprensa transmitida via Internet.