Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A Vanguarda Agro (SA:VAGR3), uma das maiores companhias produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, revisou sua previsão de plantio de soja em 2016/17 para 113 mil hectares, aumento de 6,4 mil hectares ante a projeção divulgada na semana passada, com a empresa realizando um ajuste relacionado a técnicas de aproveitamento de área e rotação de culturas.
"Trata-se de opção técnica, rotação de solo, a gente nunca planta soja sobre soja, nem algodão sobre algodão...", disse o presidente-executivo da companhia, Arlindo Moura, em entrevista à Reuters nesta quarta-feira.
Técnicas agrícolas como a rotação de culturas ajudam a evitar a propagação de pragas, reduzindo custos com insumos e impulsionando produtividades.
Moura disse ainda que a revisão busca otimizar o aproveitamento das áreas da companhia, permitindo a realização de uma segunda safra, e que a nova projeção não tem motivações mercadológicas.
Neste sentido, a cultura do milho, que está com preços altos ultimamente, em função de uma quebra de safra no país, deverá ter um plantio de 50 mil hectares, 3,4 mil a menos que na previsão anterior.
A previsão de plantio de algodão da Vanguarda foi estimada em 25 mil hectares, também queda de 700 hectares ante a projeção anterior.
Ao todo, a Vanguarda deverá plantar 188 mil hectares em 2016/17, ante 186,6 mil hectares na projeção anterior, mas ainda uma queda na comparação com a temporada passada, quando a semeadura atingiu 201 mil hectares.
O executivo reiterou que a redução na comparação anual tem relação com a não renovação de arrendamentos em áreas menos produtivas.