NOVA YORK/PEQUIM (Reuters) - Notícias recentes da China desanimam produtores de commodities, com uma economia do país em desaceleração, preços das ações tombando e desvalorização cambial, todas sinalizando uma demanda mais fraca.
Há uma exceção: a segunda maior economia do mundo começou a importar etanol em volume grande o suficiente para estimular as esperanças de que o país poderia ter uma abertura maior, até agora pouco acessível, do mercado.
"Se isto se tornar uma constante, serão grandes notícias. A China é um lugar onde todo mundo olha e diz, 'e se'", disse Jordan Fife, comerciante com a BioUrja Trading em Houston.
A estatal negociadora de grãos China National Oils and Foodstuffs, conhecida como Cofco, começou a enviar etanol de suas recentemente adquiridas usinas no Brasil nos últimos meses, os primeiros carregamentos para a China do segundo maior exportador do mundo desde 2012, de acordo com fontes do mercado e dados de comércio brasileiros.
No total, a China importou mais de 56 mil toneladas do biocombustível no primeiro semestre deste ano, no valor de cerca de 27 milhões de dólares baseado nos preços dos Estados Unidos, o dobro do volume do ano de 2014 inteiro. ETH/CN
O etanol brasileiro está vindo de uma joint venture de 1,5 bilhão de dólares da Cofco com a Noble Group no último ano, de acordo com autoridade da companhia chinesa, que informou sobre os envios.
A Noble Agri tem quatro usinas no país.
Isto pode sugerir que estes envios podem ser mais resultado da expansão ultramar da China, relacionada a ativos, do que a uma tendência mais ampla da demanda.
(Por Chris Prentice e Niu Shuping)