Por Andrea Shalal e Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebe a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na Casa Branca nesta quinta-feira, e ambos torcem para reconstruir laços que se esgarçaram durante o governo do ex-presidente Donald Trump.
Os dois países são aliados essenciais da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas se chocam a respeito de uma série de temas difíceis, incluindo o duto Nord Stream 2 que está sendo construído da Rússia à Alemanha sob o Mar Báltico, que Washington teme aumentar a dependência europeia do gás russo.
Eles também discordam sobre a sensatez de fazer parcerias comerciais com a China, manter restrições a viagens dos EUA à Europa e a oposição alemã às dispensas temporárias de patentes que visam acelerar a produção de vacinas contra Covid-19.
Biden, de 78 anos, e Merkel, de 66, estão de acordo em uma variedade de temas mais abrangentes. Eles provavelmente debaterão unir forças para combater ameaças à democracia em todo o mundo, repelir ataques cibernéticos e agressões territoriais russas na Europa Oriental e a ofensiva chinesa para dominar tecnologias avançadas, disseram autoridades dos dois governos.
Acabar com a pandemia e deter a mudança climática também estarão na pauta, segundo estas.
Mas os dois líderes não têm muito tempo para trabalhar juntos para o fortalecimento dos laços entre a primeira e a quarta economias globais --Merkel planeja deixar o cargo que ocupa desde 2005 após as eleições gerais de setembro.
(Reportagem adicional de Arshad Mohammed em Washington e Andreas Rinke e Joseph Nasr em Berlim)