(Reuters) - A trading global de commodities agrícolas Louis Dreyfus registrou uma melhora nos resultados deste ano e não tem planos de ser absorvida em uma fusão, disse o novo presidente-executivo da empresa em entrevista à Reuters nesta quarta-feira.
Ian McIntosh recusou comentar sobre uma crise que precedeu as saídas inesperadas dos antigos presidente-executivo e chefe financeiro da companhia.
A entrevista aconteceu um dia depois de a Louis Dreyfus Company ter indicado McIntosh para o cargo, dadas as renúncias do presidente-executivo Gonzalo Ramirez Martiarena e do chefe financeiro Arman Lumens.
A saída deles reacendeu especulações sobre a instabilidade na empresa familiar.
A empresa, o "D" no quarteto "ABCD" de gigantes de commodities agrícolas, junto com Archer Daniel Midland, Bunge e Cargill, passou por uma série de mudanças de presidentes-executivos desde 2013 e enfrentou pressões financeiras ligadas a um mercado fraco.
McIntosh disse que as duas saídas da diretoria não são ideais, mas não representam problemas para a empresa de 167 anos.
"Absolutamente não há crise", disse ele. "De maneira absoluta nenhuma essas saídas foram relacionadas com a performance financeira ou os resultados."
A volatilidade ligada às tensões geopolíticas aumentaram as margens para a Louis Dreyfus, ajudada pela sua forte presença no mercado de soja na América do Sul e na China, disse ele.
"Estamos no caminho para ter um ano muito bom. Até esta manhã, nosso desempenho financeiro no acumulado do ano, na comparação anual, foi significativamente melhorado."
McIntosh, de 57 anos, trabalha na Louis Dreyfus há mais de 30 anos. Ele se tornou estrategista-chefe no começo deste ano em uma rodada anterior de mudanças administrativas.
(Por Gus Trompiz)