SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de algodão do Brasil atingiu 1,04 milhão de toneladas (pluma) entre julho de 2018 e abril de 2019, novo recorde anual de embarques antes mesmo do fim do ciclo que termina em junho, informou a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) nesta sexta-feira.
Os grandes embarques ocorrem diante de grande produção brasileira e da forte demanda da China. A tarifa chinesa sobre o produto dos Estados Unidos, maiores exportadores, também ajudou nas vendas externas brasileiras.[nL2N1VQ14H]
Com mais de 35% de participação, a China lidera o ranking dos principais destinos das exportações de algodão brasileiro durante a temporada de embarques da safra atual, disse a Anea.
O recorde anual anterior foi registrado entre julho de 2011 e junho de 2012, de 1,03 milhão de toneladas exportadas, segundo dados do governo.
Desde então, o volume oscilava entre 500 mil e 900 mil toneladas do produto exportado anualmente, segundo a Anea.
Somente no mês de abril deste ano, foram exportadas 72,2 mil toneladas de algodão, disse a associação.
A Anea já previa que o país iria obter um ótimo desempenho neste ano e confia na possibilidade de o Brasil alcançar o patamar de segundo maior exportador mundial de algodão, ainda neste ano, com o país superando a Índia, de acordo com avaliação do presidente da Anea Henrique Snitcovski.
"Para completar o ciclo da safra de 2018, ainda faltam os meses de maio e junho", completou.
Essa previsão de o país se tornar o segundo maior exportador global havia sido feita anteriormente pelo setor, com o Brasil ficando atrás apenas dos EUA na exportação de algodão.
(Por Roberto Samora; Edição Stéfani Inouye)