Exportação de carne bovina do Brasil marca recorde antes do mês acabar, aponta Secex

Publicado 29.07.2024, 16:29
Atualizado 29.07.2024, 16:30
© Reuters. Bife argentinon27/07/2017nREUTERS/Juan Medina

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de carne bovina in natura do Brasil, maior exportador mundial do produto, já registram novo recorde mensal em julho, antes mesmo de o mês acabar, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), publicados nesta segunda-feira.

Até a quarta semana de julho, o Brasil havia exportado 215,6 mil toneladas, alta de 34% ante os dados consolidados de todo o mês completo do ano passado.

O volume considera apenas carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, não incluindo produtos processados.

A exportação de carne bovina em julho já supera também as 192,6 mil toneladas registradas em junho e o último recorde do setor, marcado em maio deste ano (212 mil toneladas), conforme números da Secex.

Os grandes volumes embarcados acontecem em um período de maior oferta no Brasil.

A produção de carne bovina do Brasil deve somar 10,19 milhões de toneladas neste ano, aumento de 7,1% quando comparado com 2023, com maior oferta de animais no "auge" do ciclo pecuário em 2024, previu a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na semana passada.

O grande volume embarcado em julho está fazendo a receita crescer para 952 milhões de dólares no acumulado até a quarta semana, acima do total de cerca de 762 milhões de dólares do mesmo mês do ano passado, apesar de uma queda de quase 7% no preço médio de exportação.

Entre os principais mercados da carne bovina do Brasil está a China, que levou no primeiro semestre quase metade das exportações brasileiras.

FORÇA DE OUTROS PRODUTOS

As exportações de outros importantes produtos da pauta agrícola brasileira, como soja, café, açúcar e algodão, também já superaram neste mês os volumes embarcados em julho completo do ano passado, considerando dados contabilizados até a quarta semana, segundo a Secex.

Os embarques de soja acumularam mais de 10 milhões de toneladas, versus 9,7 milhões de toneladas no mesmo mês de 2023, e têm fôlego para superar 11 milhões de toneladas até o final de julho, considerando que a média diária de embarques da oleaginosa é de mais de 500 mil toneladas.

Com uma queda nos preços de 9,5%, a receita obtida com os embarques de soja caiu até o final da quarta semana do mês para 4,4 bilhões de dólares, segundo dados da Secex. A oleaginosa é o principal produto de exportação do Brasil, o maior exportador global.

Outro produto que o Brasil lidera na exportação global, o café, também registrou forte crescimento, somando no acumulado do mês 188,45 mil toneladas, mais de 40 mil toneladas acima de julho completo de 2023. A receita obtida até o momento é de 771 milhões de dólares.

No algodão, as exportações mais do que dobraram para 155,7 mil toneladas, enquanto no açúcar bateram 3,18 milhões de toneladas, mais de 200 mil do que o registrado em julho de 2023.

(Por Roberto Samora)

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