SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de carne de frango do Brasil recuaram 4,7% no primeiro bimestre de 2021 ante igual período do ano anterior, somando 640,4 mil toneladas, disse nesta terça-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que espera uma melhora nos resultados em março.
A receita com as exportações do produto (in natura e processado) nos dois primeiros meses do ano atingiu 956,1 milhões de dólares, queda de 11,7% em relação ao primeiro bimestre de 2020, quando superou a marca de 1 bilhão de dólares.
Considerando apenas o mês de fevereiro, os embarques da proteína ficaram praticamente estáveis ante mesmo mês do ano passado, a 348,8 mil toneladas --o que representa uma leve alta de 0,1%.
Já o saldo das exportações alcançou 521,7 milhões de dólares, recuo de 5,8% no ano a ano.
O principal destaque no mês passado, segundo a ABPA, foram as vendas para a Arábia Saudita, que subiram 19,5%, para 43,8 mil toneladas. A entidade também citou um aumento significativo nos embarques para África do Sul, com alta de 36,4%, a 29 mil toneladas.
"O desempenho das exportações para mercados tradicionais do Oriente Médio e Europa permitiram repetir este ano o bom resultado alcançado no segundo mês do ano passado, e dão indicativo de um ritmo positivo nas vendas internacionais em março", disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
A ABPA não mencionou a China, principal cliente do Brasil em carnes, em seu comunicado. No relatório do mês passado, a entidade indicou que esperava um retorno a níveis mais altos nos embarques aos países asiáticos apenas após o Ano Novo Chinês, feriado que ocorreu em meados de fevereiro.
(Por Gabriel Araujo)