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FCStone cita clima e eleva safra de soja 17/18 do Brasil; prevê exportação maior

Publicado 01.02.2018, 12:30
Atualizado 01.02.2018, 12:40
© Reuters.  FCStone cita clima e eleva safra de soja 17/18 do Brasil; prevê exportação maior
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Por José Roberto Gomes

SÃO PAULO (Reuters) - Condições climáticas favoráveis nos últimos meses levaram a INTL FCStone a aumentar novamente sua previsão para a safra de soja 2017/18 do Brasil, projetando exportações também maiores para o ciclo, já em colheita.

A consultoria prevê que a produção na atual temporada será de 111,08 milhões de toneladas, ante 110,09 milhões de toneladas na estimativa anterior, de janeiro. O volume figura como o segundo maior já registrado, atrás apenas do recorde de 114,07 milhões de toneladas de 2016/17.

"O clima durante o desenvolvimento da safra foi no geral benéfico, com alguns produtores, inclusive, reportando rendimentos acima dos do ano anterior, apesar de a média esperada estar mais baixa", disse a analista de Inteligência de Mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, em relatório divulgado nesta quinta-feira.

A estimativa de área plantada com soja não sofreu alterações, ficando em 35 milhões de hectares, mas a produtividade média foi elevada para 3,18 toneladas por hectare, de 3,15 t/ha em janeiro.

A consultoria ressaltou que ainda há preocupação com o clima, com destaque para condições mais secas no Rio Grande do Sul e as chuvas no Mato Grosso, que têm resultado em alguns problemas para a colheita.

A maior produção motivou a INTL FCStone a elevar também sua projeção para as exportações para 63,5 milhões de toneladas, acima das 62,5 milhões consideradas em janeiro, mas ainda assim abaixo dos cerca de 68 milhões do ano passado, uma vez que a colheita deve ser menor.

MILHO

O milho de 1ª safra, o chamado "verão", também registrou revisões para cima pela INTL FCStone.

A consultoria espera uma produção de 23,87 milhões de toneladas, ante 23,44 milhões na previsão anterior.

"Esse aumento decorreu de uma revisão da produtividade. Entretanto, no caso do cereal, as expectativas são de que o clima mais seco do Rio Grande do Sul possa prejudicar o potencial produtivo, com uma produtividade menor que no ciclo anterior", explicou a Ana Luiza.

Ainda assim, a produção no Brasil ficará bem aquém dos 30,46 milhões de toneladas de 2016/17, volume recorde que levou a quedas nos preços e, consequentemente, desestímulo à semeadura do cereal neste ano.

Para a segunda safra, conhecida por "safrinha" e colhida no inverno, a INTL FCStone manteve suas estimativas em área de 11,76 milhões de hectares, produtividade de 5,37 t/ha e produção de 63,22 milhões de toneladas.

"Ainda há muitas dúvidas sobre a 2ª safra de milho, cujo plantio está começando. Uma parte importante das lavouras deve acabar sendo semeada fora do melhor período, com os atrasos no plantio da soja e também com as chuvas pesadas que vêm ocorrendo durante a colheita a oleaginosa", disse Ana Luiza.

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