BRASÍLIA (Reuters) - Representantes da Frente Parlamentar do Setor Sucroenergético se reuniram nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para defender o aumento da Cide na gasolina a fim de aumentar a competitividade do etanol no mercado interno de combustíveis, em negociação que esperam encerrar até o fim deste mês.
"O ministro vê (a proposta) com muito bons olhos", disse o presidente da Frente Parlamentar do Setor Sucroenergético, deputado Sérgio de Souza (PMDB-PR).
A sugestão dos integrantes da frente é elevar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da gasolina em 0,50 centavos por litro, com o tributo subindo a 0,60 centavos ante a cobrança atual de 0,10 centavos.
Se adotada, seria o segundo aumento da Cide após essa cobrança ser retomada em janeiro.
O outro lado da medida seria aumentar a competitividade do etanol, cujas vendas vem subindo devido, entre outros fatores, ao encarecimento da gasolina após a retomada da Cide.
Na proposta feita a Levy, Sérgio de Souza disse que o aumento da Cide pode gerar arrecadação adicional de 15 bilhões de reais, sendo 10 bilhões de reais para o governo federal e o restante para os estados.
"Resolve em parte o problema do governo com arrecadação. Os ganhos positivos são gerar 750 mil empregos em 15 anos, 40 bilhões de dólares em investimentos no setor e vamos estancar o fechamento de usinas ao redor desse país", disse o parlamentar.
Questionado sobre o posicionamento do ministro da Fazenda, Sérgio de Souza comentou que o governo estuda o aumento e que até o fim desse mês haverá uma posição sobre o tema.
(Por Luciana Otoni)