Investigações apontam que a empresa Tem Di Tudo Salvados embalou carnes que ficaram submersas durante as enchentes do Rio Grande do Sul em 2024 e as embalou como se fossem peças nobres importadas do Uruguai. As informações são do portal de notícias g1.
A Operação Carne Fraca prendeu 4 pessoas em flagrante na 4ª feira (22.jan.2025), no Rio de Janeiro, onde fica localizada a sede da empresa. De acordo com as investigações, a empresa comprou 800 toneladas de um frigorífico em Canoas (RS) alegando que faria ração animal. No entanto, a carne foi “maquiada” e revendida a outros estabelecimentos como própria para o consumo.
A Tem Di Tudo Salvados teria limpado as carnes para retirar os resíduos da lama e embalado o produto em caixas que simulavam a marca uruguaia.
A investigação começou depois do frigorífico em Canoas comprar uma remessa de carnes e perceber que o lote adquirido era o mesmo das carnes afetadas pelas enchentes, entenda.
De acordo com a polícia, a carne adulterada percorreu o Brasil. Primeiro, ela foi vendida pelo frigorífico em Canoas (RS) pela Tem Di Tudo Salvados, que vendeu para um frigorífico de Nova Iguaçu (RJ). De lá ela foi repassada para uma empresa em Minas Gerais. Depois, foi vendida ao frigorífico em Canoas, retornando à empresa original.
A polícia tenta identificar as outras empresas que compraram os lotes da carne adulterada sem saber que eram impróprias para o consumo.
Operação Carne Fraca
A operação foi realizada pela Decon (Delegacia do Consumidor) do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul e cumpriu 8 mandados de busca e apreensão na 4ª feira (22.jan) na sede da Tem Di Tudo Salvados e em outros endereços ligados aos sócios. Durante as buscas, os agentes da Decon encontraram mais alimentos vencidos ou podres.
Foram encontrados ainda produtos congelados em prateleiras enferrujadas, pedaços de carne pendurados em um ambiente que não possuía temperatura adequada, sacos de alimentos no chão e pacotes de carne embalados a vácuo que podem ser do lote deteriorado das enchentes.