Investing.com – Os futuros norte-americanos de trigo apresentaram forte alta na sexta-feira, em meio a novas preocupações com as perspectivas de safra no Centro-Oeste e na região das Grandes Planícies dos EUA.
Na Bolsa Mercantil de Chicago, o trigo norte-americano com vencimento em julho saltou 8,6 centavos, ou 1,85%, para US$ 4,8140 por bushel, na sexta-feira. Na terça-feira, o trigo atingiu uma baixa do contrato de US$ 4,6060.
Na semana, o contrato de trigo de julho subiu 10,63 centavos, ou 1,79%, marcando quatro semanas seguidas de perdas.
Os ganhos de sexta-feira surgiram após a visita anual do Conselho de Qualidade de Trigo ter projetado rendimentos abaixo da média em Kansas, alimentando preocupações com as perspectivas para o abastecimento dos EUA. O Kansas é o maior estado produtor de trigo dos EUA.
A produção de trigo vermelho duro de inverno em Kansas foi projetada em 288,5 milhões de bushels, abaixo da média de cinco anos da safra de 313,6 milhões de bushels.
Enquanto isso, o milho norte-americano com vencimento em julho subiu 1,4 centavos, ou 0,41%, sendo negociado a US$ 3,6300 por bushel, na sexta-feira. Na semana, os futuros de trigo subiram 1,4 centavos, ou 0,28%, o primeiro ganho semanal em três semanas.
Na terça-feira, os preços caíram para US$ 3,5560, o nível mais baixo desde 27 de outubro, em meio a sinais de rápido progresso no plantio na região Centro-Oeste dos Estados Unidos na semana passada.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), cerca de 55% da safra de milho foi plantada em 3 de maio, acima dos 19% da semana anterior. Apenas 28% da safra foi plantada na mesma semana do ano passado, ao passo que a média de cinco anos para esta época do ano é 38%.
Na Bolsa Mercantil de Chicago, a soja norte-americana com vencimento em julho avançou 1,2 centavos, ou 0,13%, para US$ 9,7620 por bushel, na sexta-feira. Na semana, o contrato de soja de julho avançou 10,75 centavos, ou 1,08%.
Os preços da oleaginosa permaneceram apoiados por fortes ganhos no mercado de óleo de soja.
Os ganhos foram limitados em meio ao otimismo com as perspectivas de safra nos principais produtores sul-americanos. Brasil e Argentina são os principais exportadores de soja e competem com os EUA nesse mercado global.
As perspectivas de safras sul-americanas maiores podem pesar sobre a demanda pelas reservas norte-americanas.
Na próxima semana, os participantes do mercado focarão na divulgação do relatório sobre a oferta e a demanda mundial do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em 11 de maio.
A agência também produzirá dados sobre o progresso da safra e os valores semanais de vendas na exportação.
O milho é a maior safra norte-americana, seguido pela soja, segundo estatísticas do governo. O trigo ocupa o quarto lugar, atrás do feno.