Investing.com – Os futuros norte-americanos de milho atingiram na sexta-feira o nível mais baixo em quase seis meses, em meio a indicações de rápido progresso do plantio no Centro-Oeste dos EUA.
Na Bolsa Mercantil de Chicago, o milho norte-americano com vencimento em julho atingiu uma baixa da sessão de US$ 3,6060 por bushel, um nível não visto desde 5 de novembro, antes de fechar em US$ 3,6300, caindo 3,2 centavos ou 0,89%.
Na semana, o contrato de milho de julho perdeu 5,76 centavos, ou 0,41%, o segundo declínio semanal consecutivo, uma vez que as projeções de clima mais seco em todo o Centro-Oeste dos EUA devem ajudar ainda mais o plantio da safra.
Segundo o Ministério da Agricultura dos EUA (USDA), aproximadamente 19% da safra norte-americana de milho foi plantada a partir de 26 de abril, acima dos 9% registrados na semana anterior e acima dos 17% plantados na mesma semana do ano passado.
Enquanto isso, o trigo norte-americano com vencimento em julho caiu 0,53 centavos, ou 0,11%, e ficou em US$ 4,7388 por bushel na sexta-feira. Na terça-feira, os futuros de trigo caíram para US$ 4,6400.
Na semana, o contrato de trigo de julho caiu 14,5 centavos, ou 2,57%, a quarta perda semanal consecutiva, uma vez que condições climáticas secas nos principais estados norte-americanos produtores de trigo deve beneficiar as condições da safra.
O USDA informou que 55% da safra norte-americana de trigo foi plantada a partir de 26 de abril, acima dos 36% da semana anterior. Somente 17% da safra foi plantada mesma semana do ano passado, ao passo que a média de cinco anos para esta época do ano é 29%.
A agência também informou que 42% da safra de trigo de inverno dos EUA foi classificada como excelente na semana passada. Aproximadamente 33% da safra estava em condições "excelente" na mesma semana do ano passado.
Na CBOT, a soja norte-americana com vencimento em julho caiu 11,2 centavos, ou 1,15%, e foi negociada a US$ 9,6460 por bushel, após atingir uma baixa intradiária de US$ 9,6120, o nível mais fraco desde 16 de abril.
Na semana, o contrato futuro de soja de julho caiu 2,87 centavos, ou 0,45%, a primeira queda semanal em três semanas, uma vez que o otimismo com as perspectivas para as reservas na América do Sul pesaram.
Brasil e Argentina são os principais exportadores de soja e competem com os EUA nesse mercado global. As perspectivas de safras sul-americanas maiores podem pesar sobre a demada pelas reservas norte-americanas.
Na próxima semana, os participantes do mercado focarão na divulgação de dados importantes do USDA, que incluem números sobre o progresso da safra e sobre as vendas semanais de exportação.
O milho é a maior safra norte-americana, seguido pela soja, segundo estatísticas do governo. O trigo ocupa o quarto lugar, atrás do feno.